Máscaras até final do ano letivo

‘Estamos longe de um verão descontraído e seguro’, afirmou Graça Freitas, apelando à adoção de medidas de proteção no período da Páscoa, apesar de a tendência geral decrescente e de o R(t) ser inferior a 1.

Máscaras até final do ano letivo

O uso de máscara deverá manter-se nas escolas durante o 3.º período deste ano letivo. Depois de pedir um «último esforço» na Páscoa, a diretora-geral da Saúde não se quis comprometer com uma data para pôr fim à medida, dizendo apenas que «51% das crianças entre os seis e 17 anos contraíram covid-19» e «retirar a máscara é um risco muito grande». No entanto, Graça Freitas lembrou que as  crianças com menos de cinco anos não são obrigadas a usar aquela proteção.

Em relação aos surtos nas escolas, a DGS avançou que não está a ser feita essa monitorização. «Deixámos de contabilizar os surtos». Graça Freitas, fez um balanço da situação epidemiológica em Portugal e alertou para o facto de a transmissibilidade ser «ainda muito elevada», aproveitando para reforçar o apelo à adoção de medidas de proteção individual no período da Páscoa. Como «cautela», recomendou também «manter a distância física com quem não se convive habitualmente», fazer um teste à covid antes dos encontros familiares e manter as habituais medidas de higienização das mãos.

«A pandemia não acabou», alertou Graça Freitas, sublinhando que «estamos longe de um verão descontraído e seguro», sendo, por isso, essencial «continuar a vigilância epidemiológica e recomendar as medidas de proteção individual». Apesar de a tendência geral decrescente e de o R(t) ser inferior a 1, a diretora geral da Saúde afirmou  que a taxa de mortalidade é ainda «preocupante», estando atualmente nos «28,5 óbitos por milhão de habitantes a 14 dias», isto é, como uma «tendência estável e muito ligeiramente decrescente» e acima do limiar dos 20 óbitos por milhão de habitantes, a 14 dias, recomendado pelo ECDC para considerar a pandemia controlada e a meta traçada pelo Executivo para levantar as últimas restrições pandémicas.

A responsável lembrou que os espaços fechados devem ser arejados e insistiu no uso de máscara em convívios, em especial quando há «contacto com pessoas mais vulneráveis».

Questionada sobre a quarta dose de vacinação contra a covid-19, a responsável esclareceu que ainda falta determinar para que grupos será necessário o reforço.

O Governo aprovou o prolongamento da situação de alerta no âmbito da pandemia até ao final do dia 22 de abril, e pelo menos até lá mantém-se a obrigatoriedade de uso de máscara em espaços fechados e nos transportes públicos. Ainda assim, Graça Freitas afirmou que mesmo quando estas medidas forem levantadas as autoridades de Saúde vão continuar a recomendar o uso de máscara para os serviços de saúde e lares de idosos.