Multinacionais apostam em investimentos na China

Os dados económicos oficiais da China, divulgados na passada terça-feira (dia 15), mostram que a economia do país continua a recuperar, com destaque para o crescimento do consumo de serviços. Nos primeiros sete meses deste ano, as vendas a retalho de serviços aumentaram 20,3 por cento em relação ao período homólogo de 2022. 

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Graças ao turismo de verão e às actividades desportivas e recreativas, o consumo de serviços cresceu mais rapidamente. Durante o mesmo período, o total das vendas a retalho de bens de consumo cresceu 7,3 por cento relativamente ao mesmo período do ano passado.

Nos últimos dias, o Conselho de Estado da China lançou 24 iniciativas políticas para estimular ainda mais o investimento estrangeiro, muitas das quais envolvem a expansão e a abertura do sector dos serviços. Os especialistas salientam que os investidores estrangeiros têm agora mais espaço para participar no desenvolvimento da indústria de serviços da China, com uma maior abertura em áreas como as telecomunicações, as finanças, a biomedicina e outros domínios para a concretização de projectos.

O site da agência noticiosa japonesa Nihon Keizai Shimbun informou recentemente, citando dados da organização de serviços de informação financeira Wind Information Co, Ltd, que o investimento em I&D (investigação e desenvolvimento) das empresas chinesas cotadas em bolsa atingiu, em 2022, cerca de 164,19 mil milhões de yuans (cerca de 21 mil milhões de euros), um aumento de 1,6 vezes em cinco anos. O relatório refere ainda que em algumas empresas chinesas, 90% dos recursos humanos estão dedicados a I&D. No Índice Global de Inovação de 2022, a China ocupa o 11.º lugar, entre as 36 principais economias de rendimento médio e elevado.

Este terreno fértil para a inovação criou um forte atrativo para as empresas multinacionais, muitas das quais têm vindo a criar instalações na China, reconhecendo as oportunidades de inovação que o país oferece e o retorno que daí advém.

Vimal Kapur, CEO global da Honeywell, sediada nos Estados Unidos, afirmou na passada segunda-feira (dia 14) que a empresa está confiante no desenvolvimento futuro de Xangai, e mesmo da China, pelo que continuará a aumentar os investimentos que ali vem fazendo.

Ao mesmo tempo, a previsibilidade da política económica da China também é valorizada pelas empresas multinacionais.

O mundo de hoje está em turbulência, com a política económica de alguns países ocidentais a sofrer bruscas alterações, enquanto a China mantém estabilidade e garante continuidade, para além de demonstrar grande capacidade de resistência e elevado potencial.

Aos que, no Ocidente, falam mal da economia chinesa, os factos demonstram que ela está a superar as dificuldades para alcançar um desenvolvimento de alta qualidade. É essa a tendência geral.