O Mundo em Calções Afonso de Melo O Demónio das Pistas Armando Bó inventou a nudez feminina frontal no cinema argentino mas não resistiu a fazer o papel de Fangio antes deste ser Fangio.
Opinião Afonso de Melo Não tinha com quem chorar Talvez Shevchenko tenha sido o melhor jogador da Ucrânia (com licença de Blokhin): mas é certo que Shevchenko foi o maior poeta da Ucrânia
Opinião Afonso de Melo A saga dos Anjos de Caras Sujas Maschio, Angelillo e Sivori foram caçados pelos clubes italianos depois da vitória na Copa América de 1957 - eram os Carasucias.
Opinião Afonso de Melo Um homem e o seu pulmão Era sempre o homem da última palavra – mesmo que esta lhe saísse do único pulmão que tinha, como um sopro
Opinião Afonso de Melo O homem que talvez tenha morrido de costas Começou a correr e a cerca de quatro metros da fasquia fez uma curva ligeira e voou de costas deixando bocas abertas de espanto
Opinião Afonso de Melo Chutando bolas contra a parede Átila pode ser um nome de apavorar rinocerontes mas quer dizer apenas Paizinho. Attila, Il Divino de Nápoles, também foi um Paizinho.
Opinião Afonso de Melo Chovendo estrelas em Santiago Num torneio internacional o Santos venceu a Checoslováquia por 6-4. Há quem diga que nunca houve nada igual!
Opinião Afonso de Melo O Eléctrico do Paraíso Os adeptos exigiam golos à linha avançada do Real Oviedo - em casa, pelo menos 5. Porque o número tinha um defeito e chamaram-lhe O Corcunda
O Mundo em Calções Afonso de Melo Os Três Estarolas, ali à Ferragial No Brasil eram Os Três Patetas: Lelé, Isaías e Jair Rosa Pinto, três avançados do Madureira que passaram para o Vasco da Gama.
Opinião Afonso de Melo A taça supranumerária O Celta nunca ganhou uma Taça do Rei. ‘Mentira!’, gritarão. Ganharam uma especial contra marinheiros ingleses.
Opinião Afonso de Melo Valia a pena acreditar n’O Bailarino O estilo dançante de Waldemar de Brito, jogando em pontas como se em pliés, encaixou na magia do San Lorenzo.
Opinião Afonso de Melo O segredo que o mestre não sabia Parece que Pelé morreu há uns dias, há boatos a correrem por toda a parte, imagens de velórios e funerais, mas está claro que não acredito em...
Opinião O segredo de Nel Tarleton Era assim que Tarleton falava, entaramelando as palavras. A origem da palavra scouse parece ter vindo de lobscouse, um género de lagosta do...
Opinião Afonso de Melo O Hércules que não sabia a idade James Figg considerou-se a si próprio o primeiro campeão do mundo de boxe. Postumamente deram-lhe razão
Opinião Afonso de Melo O homem que sonhou com um Café… Recusou cem mil coroas e regressou a Antuérpia e ao seu Beerschot
Opinião Afonso de Melo Danny Coster detestou a baía da Guanabara Cruyff foi ao Brasil, disputou dois jogos, era o sonho do Fluminense, mas a sua mulher não quis nem saber daquele lugar maldito
O mundo em calções Afonso de Melo Os doces pássaros do paradoxo Na curiosa história dos irmãos Robledo, um deles desenhado por John Lennon, Jorge foi estrela e Eduardo foi mistério
Opinião Afonso de Melo As cervejas grátis de Eduardo Gallardo O Sport Club viajou até Durán para vencer um grupo da capital, Quito. A goleada excitou os adeptos que foram buscar os jogadores
Opinião Afonso de Melo O pacto do Cabeça Mágica Spencer foi o melhor jogador equatoriano da história. Tinha um acordo íntimo com todos os deuses do golo.
Opinião Afonso de Melo O coração mole do Nariz de Ferro Caju foi um jogador extraordinário - tão extraordinário que viveu entre Pelé, Tostão, Chico Buarque, Bob Marley e Salvador Dalí
Opinião Afonso de Melo Marquês mas não dinamarquês Guatemalteco não é um título, mas o primeiro guarda-redes do Barcelona. Orgulhava-se de o ser tanto como ser marquês.
Opinião Afonso de Melo Não chovia em Santiago Pelé (3), Coutinho (2) e Dorval fizeram os 6 golos do Santos; Masny, Rath, Valseck e Kadraba os 4 da Checoslováquia
Opinião Afonso de Melo Mysterious Billy e Drunken Master Billy, natural do Canadá, foi duas vezes campeão do mundo dos pesos-médios mas tinha uma tendência muito pouco saudável de se meter com gente...
O Mundo em Calções Afonso de Melo Dois canhotos e muitas latas de cerveja Minter entrou no ringue com uns calções com a bandeira do Reino Unido e o povo gritou: ‘There’s no black in Union Jack!’
Opinião Afonso de Melo E ele inventava por entre os girassóis Gostava de esperar e, depois, picar a bola com a ponta do pé sobre o guarda-redes. De zapatilla, como dizem os velhos aficcionados de Montevidéu...
Opinião Afonso de Melo Um cavalheiro não faz batota Se na América se jogava basebol desde 1839, o que torna o jogo quase pré-histórico, em Inglaterra ganhou um toque de popularidade quando, no...
Opinião Afonso de Melo Imitando o homem que furava a água Às 4 e meia da manhã, dormia a sono solto quando os membros da organização palestiniana que montaram o ataque passaram silenciosamente à sua...
Opinião Afonso de Melo A pedra que matou Ottavio Bottechia O povo adorava Bottechia, o primeiro italiano a vencer a Volta a França, mas os fascistas de Mussolini não lhe perdoavam a sua rebeldia perante...
Opinião Afonso de Melo A paixão pelas montanhas da Águia de Toledo Bahamontes foi o primeiro espanhol a vencer a Volta a França e ainda é considerado o maior trepador de sempre
Opinião Afonso de Melo 'Maurice et Hippolyte' Maurice Garin, o primeiro vencedor do Tour, esperava ter como rival Hippolyte Aucouturier, mas este gostava demais de tinto
Opinião Afonso de Melo Da bancada dos velhos mestres Carlos Miranda era um príncipe e escrevia como um príncipe. Para muitos de nós ele foi a Volta a França.
O Mundo em Calções Afonso de Melo Fausto, o dono da miséria Era embirrento como nenhum outro. Em Lisboa, despejava baldes de água sobre quem ia na rua. Não gostava de portugueses.
Opinião Afonso de Melo O Super-Homem às vezes também morre O salto mais famoso de Knievel foi aquele que não deu, sobre o Grand Canyon, mas nos outros, e foram infinitos, conseguiu a proeza de partir...
Opinião Afonso de Melo Um salto demasiado alto para Gretel Poucos dias antes da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, Margaretha bateu o recorde alemão.
Opinião Afonso de Melo Dez bascos sem garrafa de rum Em 1934 o Brasil ainda não era apavorante como começou a sê-lo a partir de 1958. Quem era de horrorizar hipopótamos eram os uruguaios, campeões...
Opinião Afonso de Melo O incrível Dr. T A independência da União Indiana do jugo britânico deu-se precisamente à meia-noite do dia 15 de agosto de 1947. Imagine-se, portanto, o orgulho...
Opinião Afonso de Melo A rebeldia dos pés-descalços Em 1948, nos Jogos Olímpicos de Londres, os indianos deram nas vistas por jogarem descalços. Dois anos depois desistiram do Mundial.
Opinião Afonso de Melo, Quando alguém, no Minnesota... Mike pode ter sido melhor do que o seu irmão mais novo, mas foi Tom que ficou famoso por conseguir estar no ringue durante 15 assaltos a fugir...
O mundo em calções Afonso de Melo O feio fim de um homem bonito Nunca ninguém teve grandes dúvidas que o charmoso Koblet tomava todos os produtos dopantes que lhe vinham parar às mãos.
Opinião Afonso de Melo O misterioso Mr. Smith O mais Porco Pugilista Do Mundo: bronco, trapaceiro irremediável, só era possível encontrá-lo no fundo de uma garrafa de bourbon
Opinião Afonso de Melo O homem que fugiu do poço dos negros Por meia-dúzia de vezes igualou o recorde mundial dos 100 metros, nos 10,3. Nos Jogos de Berlim fez 10,4 e foi a sombra de Owens
Opinião Afonso de Melo O mais pequenino dos filhos de Deus Nascido no dia 3 de maio de 1894, em Milão, Renzo ganhou o direito a ser titular do Milan com apenas 15 anos. Dizem aqueles que colecionam lendas...
Opinião Afonso de Melo Uma pint de cerveja para um homem morto Ao ser o primeiro a correr a milha abaixo dos 4 minutos, Roger Bannister tornou-se no estreante do livro de recordes Guinness.
Opinião Afonso de Melo O golpe de sorte de um canalha O boato espalhou-se como fogo num campo de palha seca - Francisco Franco tinha ganho um milhão de pesetas no totobola.
Opinião Afonso de Melo Uma colher de arroz amargo Ralf Vallone jogou no Torino mas saiu desiludido do futebol: ‘Non potevo piú rimanere in quel mondo!’
Opinião Afonso de Melo O Lobo e a sua consciência Capitão da seleção argentina, Carrascosa vivia magoado com a ditadura no seu país. Recusou participar no Mundial-78.