«Acho que [a apresentação das medidas de austeridade] poderá contribuir para que [a manifestação] cresça muito», afirmou à Lusa Paula Gil, adiantando que a comunicação do primeiro-ministro «provocou uma reacção no Facebook que foi crescente».
Para a organizadora da manifestação de cidadãos, «as pessoas ficaram, de facto, indignadas com a situação» e isso «deverá levar mais gente para a rua».
No entanto, sublinhou, não há um número que considere mínimo para tomar a manifestação como um sucesso.
«O importante é que a maioria das pessoas se junte a nós e venha contribuir com propostas para uma continuidade, embora eu pense que, neste momento, não há porque não sair à rua. Precisamos recuperar o nosso lugar no centro das políticas do estado», sublinhou.
Para Paula Gil, a Manifestação de Indignados marcada para 15 de Outubro em vários pontos de país e do mundo não pode ser comparada à de 12 de Março, que juntou quase meio milhão de pessoas nas ruas portuguesas.
«Não faço comparações com o 12 de Março, é uma manifestação muito diferente. Desta vez envolve muitos movimentos e por isso só já é um sucesso», disse.
O protesto, agendado para um sábado, junta cerca de três dezenas de movimentos e terá início em Lisboa com um desfile entre o Marquês de Pombal e São Bento.
A iniciativa, que vai decorrer também no Porto, Braga, Évora, Angra do Heroísmo, Faro, Setúbal e Coimbra, termina com uma vigília.
Lusa/SOL