Palestinianos admitidos como membros de pleno direito da UNESCO

A Autoridade Palestiniana foi hoje admitida como membro de pleno direito da UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, numa votação realizada na sede da organização em Paris.

a resolução foi adoptada com 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 votos contra dos estados membros presentes na votação.

«esta votação vai permitir apagar uma ínfima parte da injustiça feita ao povo palestiniano», afirmou, perante a conferência geral da organização, o ministro dos negócios estrangeiros palestinianos, riad al-malki.

entre os países que votaram favoravelmente estão a índia, a china e quase todos os países árabes, africanos e latino-americanos. frança, que manifestou reservas ao pedido palestiniano, acabou por votar também favoravelmente.

a itália e o reino unido são dois dos países que se abstiveram e os estados unidos, a alemanha e o canadá, entre outros, votaram contra.

a autoridade palestiniana apresentou em setembro um pedido de reconhecimento da palestina como membro de pleno direito da onu, mas como esse processo ainda está a ser avaliado e deverá demorar algum tempo, pediu separadamente a adesão à unesco.

a adesão à unesco é sobretudo simbólica, na medida em que questões como as fronteiras de um futuro estado palestiniano e outras disputas entre israelitas e palestinianos continuam por resolver.

a votação de hoje é definitiva. a adesão entra em vigor assim que as autoridades palestinianas subscreveram a carta constitutiva da unesco.

lusa/ sol