Paragem da economia provocou desigualdades, alerta a Zero

Quanto ao balanço do ano crítica a “cedência do Governo à pressão das grandes marcas e dos retalhistas para deixar nas suas mãos a definição da reutilização de embalagens em Portugal” e ainda a “decisão de avançar com o novo aeroporto de Lisboa.

A associação ambientalista Zero considerou que a paragem económica causada pela pandemia “permitiu vivenciar uma qualidade ambiental como há décadas não era possível”, mas alertou para “o agravar das desigualdades sociais” entre países e dentro de cada país.

Quanto ao balanço do ano crítica a “cedência do Governo à pressão das grandes marcas e dos retalhistas para deixar nas suas mãos a definição da reutilização de embalagens em Portugal" e ainda a "decisão de avançar com o novo aeroporto de Lisboa e o reiterar da intenção de manter a sua construção, mesmo após os efeitos brutais da economia no setor da aviação e do turismo".

A associação ambientalista considera ainda que os "planos de gestão das Zonas Especiais de Conservação", que estiveram em consulta pública, apresentaram "graves insuficiências que decorrem da ausência de conhecimento dos valores naturais protegidos".

Nos pontos positivos, além da paragem da economia mundial decorrente da pandemia, a Zero apontou ainda a "publicação, após décadas de atraso, da Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, colmatando lacunas de quase 30 anos no conhecimento do estado de conservação das plantas vasculares".

Foi ainda destacada a demonstração, para a associação, de que "os cidadãos estão disponíveis para a transição para a sustentabilidade, investindo na melhoria da eficiência energética, tal como ficou expresso na sua adesão ao Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis do Fundo Ambiental".

A Zero assinala ainda o "aumento muito significativo da procura de bicicletas no seguimento da disponibilização de incentivos a soluções de mobilidade suave por parte de algumas autarquias"

” e a “decisão de avançar com o novo aeroporto.