PCTP/MRPP acusa canais generalistas de ‘sabotar’ decisão judicial sobre debates

O PCTP/MRPP acusa as direcções de informação das três televisões de quererem “revogar e sabotar” a decisão do Tribunal Judicial de Oeiras, recusando as condições dos canais para a realização dos debates de pré-campanha eleitoral.

Em comunicado, o PCTP/MRPP considera que a
proposta das televisões é “tão engenhosa como legalmente inadmissível
tentativa de boicote e de revogação da sentença judicial” e fonte do
partido de Garcia Pereira reiterou que, “nestas
circunstâncias”, o MRPP não está disponível para as gravações.

Na
sequência de uma providência cautelar, o tribunal de Oeiras condenou as
televisões generalistas (RTP, SIC e TVI) a realizar debates entre o
PCTP/MRPP e os cinco maiores partidos com representação na Assembleia da
República que aceitassem os encontros e ao pagamento de uma multa de
1.000 euros por cada dia decorrido sem que a decisão seja cumprida.

O
partido liderado por Garcia Pereira entende que as televisões não
respeitaram o princípio da igualdade de tratamento e de oportunidades
das candidaturas, uma vez que os canais generalistas propuseram debates
de 20 minutos, gravados e não em directo e apenas com a CDU e não com os
cinco maiores partidos com assento parlamentar.

De acordo com uma
mensagem electrónica dos directores de informação da RTP, SIC e TVI
enviado ao PCTP/MRPP, reencaminhado à Lusa por este partido, as
televisões propuseram debates gravados “com início entre as 20:45 e as
21:00, nos dias 31 de maio e 01 e 02 de Junho, tendo uma duração de 20
minutos cada, sensivelmente”.

Contactadas pela Lusa, fontes dos
três canais generalistas informaram que “o processo está ainda a ser
analisado” e esclareceram que a programação provisória dos debates não
incluem PS, PSD, CDS e BE porque estes partidos não aceitaram os debates
com o MRPP e “as televisões não podem obrigar os partidos a fazê-lo”.

Lusa/ SOL