Pepinos e tomates distribuídos gratuitamente no Mercado da Ribeira a partir do meio-dia

A Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores, Portugal Fresh, vai distribuir hoje toneladas de produtos hortícolas às colectividades lisboetas, numa iniciativa que visa relançar o seu consumo após a retracção causada pelo surto de E.coli.

de acordo com o presidente da associação, manuel évora, a partir das 12h estará um camião no mercado da ribeira com produtos hortofrutícolas, mas os produtores vão concentrar a oferta nos tomates e nos pepinos, «os que mais sofreram com a retracção do consumo», causada pela epidemia da bactéria e.coli na alemanha.

os legumes serão oferecidos apenas às 27 associações promotoras dos arraiais populares de lisboa para que os possam utilizar na confecção de saladas que acompanham as típicas sardinhas ou febras das festas dos santos populares.

a iniciativa, que conta com a parceria da câmara municipal de lisboa, está já «perfeitamente preparada» e as colectividades todas contactadas.

o grande objectivo deste gesto simbólico é a promoção dos produtos hortícolas nacionais e sobretudo «a retoma rápida e imprescindível do consumo», até por se tratar de produtos de perecíveis «que não se podem armazenar».

os agricultores portugueses estimam ter uma perda acumulada de 15 milhões de euros devido ao surto de e.coli, afirmou manuel évora, adiantando contudo que é necessário fazer um levantamento exaustivo, até porque estão previstas ajudas compensatórias, da união europeia.

na sexta-feira a portugal fresh desenvolveu uma iniciativa semelhante na feira da agricultura de santarém, tendo distribuído gratuitamente à população e à confederação de agricultores toneladas de produtos hortícolas, acrescentou o responsável, adiantando que a «adesão foi maciça».

um surto provocado pela bactéria e.coli já infectou mais de 3 mil pessoas em 14 países e fez mais de 30 mortos, a maioria na alemanha. inicialmente as autoridades alemãs atribuíram a origem da epidemia a pepinos espanhóis, mas na sexta-feira descartaram essa hipótese e confirmaram tratar-se de rebentos de vegetais produzidos numa quinta da baixa saxónia.

lusa / sol