Perturbações na circulação de comboios deverão começar esta noite

A greve parcial dos maquinistas que está agendada para sexta-feira deverá causar as primeiras perturbações nos utentes dos comboios urbanos da CP de Lisboa e do Porto já hoje à noite.

os maquinistas da cp estarão em greve entre as 5h e as 9h de sexta-feira na cp lisboa e na cp porto.

no entanto, o presidente do sindicato dos maquinistas, antónio medeiros, disse à lusa que hoje «a partir das 22h, pode haver necessidade de suprimir comboios urbanos devido à greve».

a cp, na informação publicada na sua página na internet, alerta para supressões totais ou quase totais na sexta-feira nos comboios internacionais e urbanos de lisboa e do porto (durante a manhã).

já nos urbanos de coimbra (durante a tarde), alfa pendular, inter-cidades, regionais e inter-regionais deverão registar-se atrasos e supressões, de acordo com a cp.

a cp enfrenta este mês um conjunto de greves. os sindicatos reivindicam a aplicação das regras do acordo de empresa ao trabalho extraordinário, em dia feriado e em dia de descanso semanal, em detrimento das regras da função pública.

na quarta-feira, os conselhos de administração da cp e cp carga apelaram à desconvocação das greves previstas por vários sindicatos para o mês de junho, uma vez que este método de protesto «deixou de fazer sentido» no momento actual.

em comunicado, a empresa considerou que não faz sentido convocar greves enquanto não for finalizada a análise da inspecção-geral das finanças ao estudo apresentado pela cp e pela cp carga sobre a aplicação do regime de trabalho definido nos acordos de empresa, substituindo o regime de contrato de trabalho na função pública.

«se os resultados desta análise permitirem certificar a validade dos estudos da empresa, certamente que as medidas não deixarão de ser aplicadas conforme compromisso já assumido pelos conselhos de administração», referiu a cp.

os conselhos de administração da cp e cp carga realçaram que «as consequências destas greves para as populações, a economia do país e para ambas as empresas, são claramente desproporcionadas relativamente aos resultados que possam produzir, uma vez que todos os passos foram dados pelas entidades responsáveis neste processo no sentido da resolução dos conflitos».

lusa/sol