veja aqui as imagens dos protestos
na chegada ao largo em frente à assembleia da república, os estivadores depararam-se com um outro protesto menor, mas também muito ruidoso, o dos empresários das diversões, que montaram no local uma “caravela dos piratas”, uma banca de pipocas e até alguns carrinhos de choque.
as dezenas de buzinas dos empresários de diversões juntaram-se às palavras de ordem dos estivadores, aplaudidos à chegada.
os estivadores instalaram-se em frente à escadaria da assembleia da república, junto às grades aí colocados pela psp, e imediatamente soaram dezenas de petardos, que encheram de fumo e de cheiro a pólvora o local.
os dois protestos tornaram-se num único, observado por dezenas de agentes das equipas de intervenção rápida da psp, que montaram guarda dentro do perímetro da assembleia da república.
flores para as senhoras, petardos no parlamento
desde a praça do município e por onde passaram, os manifestantes distribuíram flores às mulheres com quem se cruzaram, num gesto para contrariar quem os apelida de violentos.
por outro lado, o lançamento de petardos foi uma constante, assim como as palavras do protesto gritadas a plenos pulmões pelos estivadores portugueses e de outros países europeus.
“yo soy portugués, portugués portugués”, gritado quando o corpo da manifestação começou a descer a calçada do combro, foi um dos mais participados.
à frente da manifestação, seguia um estivador vestido de preto, empunhando uma gadanha, simbolizando a morte, uma metáfora para o que os estivadores receiam que aconteça à sua profissão com o novo regime do trabalho portuário. atrás seguiam juntos dirigentes de sindicatos de estivadores de vários países europeus.
segundo vítor dias, do sindicato dos estivadores do centro e sul, “cerca de 90 estivadores” europeus juntaram-se hoje ao protesto dos camaradas portugueses.
a nova lei do trabalho portuário vai ser discutida a partir das 15:00, no plenário do parlamento.
os estivadores acusam o novo regime dos portos de poder ser uma tentativa de precarizar a profissão e de mandar estivadores para o desemprego.
lusa/sol
