Presidenciais 2016

Cometi um erro na semana passada, ao escrever que Maria de Belém não tinha uma presença na internet eficaz. Depois descobri que tem: o site www.belem2016.pt está bem feito, contando com uma biografia da candidata, a agenda de campanha (por enquanto, muito centrada em Lisboa), e uma opção para se tornar voluntário, caso seja esse…

Apesar deste esforço, há uma coisa que Maria de Belém não tem: o apoio da maioria do aparelho do PS. Viu-se no número de assinaturas proponentes das candidaturas entregues no Tribunal Constitucional: 15.000 para Sampaio da Nóvoa (o máximo legalmente permitido), enquanto que Maria de Belém ficou-se pelas 9.000. É a diferença entre ter uma estrutura forte no terreno, e não ter. 

Ainda assim, considero que ela é a melhor candidata, pois o seu trabalho como ministra da saúde, e em conjunto, com as misericórdias dão-lhe uma experiência do país real que nenhum dos outros candidatos tem. 

Sampaio da Nóvoa é um ilustre académico, mas que surge do nada para se candidatar ao cargo de mais alto magistrado da nação, mesmo não tendo qualquer experiência política. A família é proprietária de um daqueles sítios do Minho com uma beleza deslumbrante, o mosteiro de Landim, em Famalicão

Quanto a Marcelo, com a sua personalidade hiperativa e o seu gosto pela intriga, se for eleito poderá facilmente tornar-se num fator de instabilidade. Se isso acontecer, os eleitores do centro que terão votado nele arrepender-se-ão, pois uma vitória da direita em eleições legislativas antecipadas trará, também, o regresso da austeridade.