Pulseiras da PSP salvam crianças

Este mês, e pela primeira vez, duas crianças desaparecidas na praia reencontraram os pais graças à pulseira do programa Estou Aqui.

os pais de tomás, de quatro anos, e de josé, de oito, foram os primeiros a testar as pulseiras do programa estou aqui – uma iniciativa lançada pelo segundo ano consecutivo pela psp e que tem como objectivo ajudar pais e educadores a localizar crianças perdidas durante o verão.

no passado dia 7, tomás perdeu-se dos pais no areal da praia de manta rota, no algarve. foi avistado por populares que ligaram para o 112. através do número cunhado na sua pulseirinha, a psp contactou de imediato os pais da criança. o reencontro deu-se “entre 15 a 20 minutos”, contou ao sol paulo flor, porta-voz da instituição.

também este mês, no dia 14, os pais de josé puderam reencontrar o filho, que se afastou demais durante as brincadeiras na praia morena, na costa de caparica. enquanto ligavam para o 112, populares encaminharam a criança para junto do nadador-salvador. a psp foi contactada e, mais uma vez através do número cunhado na pulseira do menor, informou os pais. tudo “em menos de dez minutos”.

24 mil pulseiras activadas

este ano, a psp investiu ainda mais neste projecto, criado em parceria com a fundação pt e que pretende “sinalizar no mais curto espaço de tempo junto dos pais uma criança reencontrada”. ao todo, foram produzidas 50 mil pulseiras (mais 20 mil do que em 2012) e, desde junho até agora, já foram activadas cerca de 24 mil (no ano passado, tinham sido 8.692). seis mil crianças estão, no entanto, em lista de espera, já que à psp chegaram mais de 30 mil pedidos de adesão.

apesar de algumas mudanças no design e no material (tem mais algodão), a pulseira é praticamente igual à do ano passado. e o serviço – destinado a menores entre os dois e os dez anos – continua a funcionar da mesma maneira: a cada criança é atribuída uma pulseira que tem uma chapa com um número de identificação. este fica associado ao nome e contacto dos pais – informações incluídas numa base de dados a que só a psp tem acesso.

uma das novidades desta edição é que os agentes da psp distribuíram pela primeira vez pulseiras a crianças estrangeiras que chegam diariamente aos aeroportos de faro e de lisboa.

admitindo que esta é “uma missão altruísta, que não tem qualquer retorno financeiro para os parceiros envolvidos”, o subintendente paulo flor – que não quis adiantar os custos relacionados com a execução das pulseiras – garante que a intenção é a de manter o programa: “percebemos, pela procura, que estamos perante uma solução que beneficia os pais, as crianças e a própria força de segurança”.

o programa termina no próximo dia 27 de setembro, mas a psp vai conservar os dados até ao final do ano, “para garantir que alguma criança que seja vista ainda com pulseira possa ser identificada na base de dados”, acrescenta paulo flor.

sonia.graca@sol.pt