Receitas comerciais da RTP deverão descer para 36 milhões este ano

O presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte, disse hoje que prevê que as receitas comerciais da RTP baixem para os 36 milhões de euros este ano.

alberto da ponte falava durante a comissão parlamentar para a ética, a cidadania e comunicação, que decorreu esta manhã.

o plano de desenvolvimento e redimensionamento (pdr) tem previsto receitas comerciais no valor de 40 milhões de euros, mas alberto da ponte prevê que “desçam aos 36 milhões este ano”, tendo em conta a situação económica do país.

acrescentou que desde que o novo sistema de medição de audiências da gfk entrou em funcionamento, desde o início de 2012, “a rtp poderá ter perdido nove milhões de euros em 12 meses”.

alberto da ponte disse que a rtp continua em conversações com a comissão de análise de estudos de meios (caem) sobre a audimetria e acredita ser possível “chegar a bom termo”.

o presidente da rtp disse ainda aos deputados que está a fazer investimentos na modernização do arquivo e que “o centro de produção do norte vai ser um modelo de criatividade que permita aos produtores portugueses ter ali uma incubadora de produção”.

o gestor disse que durante o último quadrimestre irá ser apresentado o plano para a rtp porto.

defendeu a integração de várias plataformas – televisão, rádio, internet -, sendo que para tal a rtp está a falar com vários parceiros tecnológicos.

“as nossas preferências vão para um conjunto de empresas que sejam portuguesas”, mas escusou-se a adiantar mais pormenores devido a acordos de confidencialidade.

apenas disse que as parcerias tecnológicas estão mais avançadas no serviços de software e ‘online’, “que serão anunciadas em setembro” e nas soluções e equipamentos, já que se pretende uma maior “estabilização dos meios de produção, maior eficiência”, sem redução de pessoal.

em relação às antenas das regiões autónomas, alberto da ponte disse que o grupo rtp propôs à madeira e aos açores um modelo único e agora “a decisão final é do accionista”.

questionado sobre a questão dos jogos da i liga, alberto da ponte afirmou que “não há abertura dos detentores de direitos para negociar em sinal aberto”.

lusa/sol