Reembolso da TSU às empresas custa 20 milhões de euros

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, disse hoje que o reembolso da Taxa Social Única (TSU) às empresas que contratem desempregados com mais de 45 anos vai implicar um custo de 20 milhões de euros.

«está previsto que esta medida que consta do orçamento do estado
para 2013 seja financiada por fundos comunitários», disse o ministro à imprensa
no final da reunião do conselho económico e social (ces) em que também
participou a ministra da agricultura, assunção cristas.

santos pereira referiu ainda que a linha pme crescimento ascenderá
a 2.000 milhões de euros, dos quais 200 milhões serão alocados, «pela primeira
vez», ao sector agrícola.

na ocasião, o governante destacou que o executivo vai avançar com
«autorizações legislativas para a alterar o regime fiscal de apoio ao
investimento», tema que vai ser tratado na próxima avaliação do memorando de
entendimento com a ‘troika’.

o ministro garantiu igualmente que «o regime fiscal de apoio ao
investimento irá acabar em 2012», adiantando que o governo «está a propor que
seja alargado para 2017 por forma a tornar o investimento em portugal mais atractivo».

além destas novidades, o ministro disse que serão criadas linhas
pme para a capitalização das empresas, no montante de 1.000 milhões de euros, o
«iva de caixa» para aliviar as restrições de liquidez de caixa das
microempresas, com facturação anual até 500 mil euros, e uma linha pme
obrigações.

«são linhas agrupadas de obrigações que serão postas em bolsa para
as empresas conseguirem fontes alternativas de financiamento», explicou.

o ministro garantiu também que governo tem vindo «a privilegiar o
diálogo com os parceiros sociais para que o programa de ajustamento «tenha
sucesso» e o país «volte a crescer».

este conjunto de medidas irá «reforçar a competitividade [da economia]
portuguesa», permitindo estimular o investimento e «assegurar um melhor
financiamento e capitalização das empresas», disse.

na reunião o governo falou também de medidas de combate ao
desemprego.

«este é claramente o maior flagelo social», sublinhou o ministro,
adiantando que este «é um orçamento difícil» em que «se exigem bastantes
sacrifícios», mas em que o ajustamento é mitigado por medidas voltadas para o
crescimento económico.

lusa/sol