Refeitório social de Viana do Castelo servia 10 refeições por dia, agora serve 72

A crise fez disparar a procura do refeitório social da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, um boom que obrigou à ampliação das instalações e ao reajustamento do protocolo com a Segurança Social.

«a procura tem aumento muito, mesmo muito. há gente que até há bem pouco tempo estava bem na vida e que agora nos vem bater à porta. alguns até preferem trazer a marmita e levar a refeição para casa, por vergonha de serem vistos», disse um dos responsáveis pelo refeitório.

segundo gílio vazenga, o aumento de utentes obrigou à adequação do protocolo com a segurança social à nova realidade.

«tínhamos um protocolo para servir 10 almoços por dia, agora temos para 36 almoços e 36 jantares. ou seja, para 72 refeições diárias», referiu, sublinhando que o serviço é inteiramente gratuito.

o responsável ressalvou, no entanto, que um «ponto de honra» daquele refeitório é «não dizer que não» a quem bate à porta.

«estamos constantemente a servir refeições extra-protocolo. quem nos bate à porta não sai daqui sem levar o estômago confortado», referiu.

o funcionamento do refeitório, assegurou gílio vazenga, obriga a «uma grande ginástica financeira», mas o centro social e paroquial de nossa senhora de fátima «lá tem conseguido levar a água ao seu moinho, muito graças aos contributos da população».

além do refeitório social, a instituição também leva diariamente a refeição ao domicílio de cerca de 30 idosos que vivem sozinhos.

lusa/sol