O presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDRN) entregou hoje um email a vários jornalistas que lhe havia sido enviado pelo presidente da REFER, Rui Lopes, onde, segundo Emídio Gomes, era possível perceber que existiam 35 milhões de euros destinados a uma primeira fase de investimento na Linha do Minho.
Este esclarecimento surgiu depois de, na segunda-feira, Emídio Gomes ter anunciado no fim de uma reunião com o presidente da Xunta da Galiza, Núñes Feijóo, que tinham sido desbloqueados 35 milhões ainda dentro do actual quadro comunitário de apoio para investir na ligação Porto-Vigo, “ainda no primeiro semestre de 2014”.
As declarações de Emídio Gomes viriam a ser contrariadas pelo gabinete de comunicação da REFER, que, numa declaração à Agência Lusa, esclareceu que os 35 milhões de euros do Programa Operacional de Valorização Territorial se destinavam a obras que “já foram concretizadas”.
No email, entregue pelo presidente da CCDRN, em que é referida uma reunião com o presidente da REFER é possível ler num anexo que “a primeira fase do investimento, a ser co-financiada no quadro comunitário 2007/2013, atingiu um valor global de 35 milhões de euros”.
Num quadro nesse mesmo anexo está referenciada uma “primeira fase” para o troço Nine/Viana para trabalhos de electrificação a que corresponde como ano de conclusão o “1º semestre de 2016” e um valor de 35 ME. A uma segunda fase que corresponde o valor de 65 ME.
É especialmente neste quadro e numa reunião com o presidente da REFER que Emídio Gomes se baseia para sustentar o seu anúncio na Galiza de 35 milhões de euros ainda neste quadro de apoio e de 65 milhões de euros no próximo quadro comunitário de apoio.
Os serviços de comunicação da REFER confrontados com o email verificaram que ele continha um erro nesse quadro onde, como valor só deveriam apresentar 65 ME divididos por duas fases e onde não deveriam constar os 35 ME.
Segundo os serviços de comunicação da REFER, “houve um erro de interpretação que conduziu a equívocos” e nunca houve intenção de criar confusão “entre órgãos institucionais próximos”.
Lusa/SOL
