o director da instituição, rui agostinho, disse hoje que «todos os países no espaço europeu irão fazer a transição da hora de inverno para a hora de verão, no mesmo instante, à mesma hora».
portugal decide «qual a hora oficial que pretende ter», se é a do fuso do meridiano de greenwich, do fuso menos um ou menos dois, mas em relação à hora de verão deixou de ser uma competência nacional e passou a ser uma decisão no âmbito da união europeia (ue).
o último domingo do mês de março foi seleccionado para concretizar a alteração para a hora de verão e o último domingo de outubro para passar à hora de inverno, «uma escolha política, no sentido de que não foi uma escolha científica, o que está na génese não é uma decisão de carácter astronómico», explicou o especialista.
o director do observatório referiu que a maior parte das pessoas adaptam-se com alguma facilidade a esta alteração e reajustam o relógio interno biológico, mas «existe uma pequena fracção que diz que sente essa mudança da hora terrivelmente».
a hora que «interessa às pessoas», a dita hora civil, «é a rotação do planeta, é a maneira como nós vemos o sol e toda a nossa vida está associada à sucessão do dia e da noite», como explicou rui agostinho.
o observatório, que comemora este ano 150 anos, está à frente da comissão permanente da hora para «manter a independência científica em relação à hora». a comissão tem representantes dos ministérios, mas também de sectores como comércio, indústria, agricultura, turismo e educação.
«há que jogar entre ter uma hora matematicamente idêntica àquilo que é a posição do sol ou, por questões de vida social e económica, tentarmos aproximar mais do espaço europeu», realçou o responsável.
e apontou: «temos em média uma diferença de 37 minutos sistemática durante o ano e isso vem da história da hora do nosso país».
«conseguimos viver o desfasamento de 37 minutos sem sentirmos a vida fortemente afectada em relação à luz solar que temos no dia a dia», acrescentou.
lusa / sol