Rentabilidade dos certificados de reforma melhorou em Outubro

A rentabilidade dos últimos 12 meses do Fundo de Certificados de Reforma (FCR) subiu para os 8,44% em Outubro, segundo o folheto informativo mensal do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (IGFCSS).

trata-se de uma subida face aos 8,09% divulgados na comunicação do mês passado.

o chamado ‘ppr do estado’ tem vindo a recuperar desde o início do ano, depois de em 2011 ter registado rentabilidades negativas consecutivas desde março, penalizado pela crise que tem vindo a afectar o mercado da dívida portuguesa e a pressionar os juros no mercado secundário.

no início deste ano, o fundo gerido pelo instituto de gestão de fundos de capitalização da segurança social (igfcss) conseguiu “saltar” para terreno positivo, tendo em janeiro registado uma rentabilidade nos últimos 12 meses de 1,46%.

a 8 de novembro, a rentabilidade dos últimos 12 meses do fcr fixou-se nos 8,44%, com o valor da carteira do fundo dos certificados de reforma a rondar os 25,05 milhões de euros.

a recuperação é explicada pelo bom desempenho da carteira de acções, mas também pela maior aposta e bom desempenho dos títulos de dívida estrangeira e menor exposição e um desempenho positivo da dívida soberana portuguesa.

as acções, com um peso actual de 14,51%, registaram uma rentabilidade positiva nos últimos 12 meses de 20,13%.

já os títulos de dívida pública de países da organização para a cooperação e desenvolvimento económico (ocde), com um peso actual de 59,2% na carteira do fcr, conseguiram uma rentabilidade positiva nos últimos 12 meses de 9,83%.

a dívida pública portuguesa, com um peso actualmente de 25,58%, apresentou uma rentabilidade positiva de 3,17%.

os certificados de reforma do sector público, que entraram em vigor em março de 2008, são um mecanismo de fomento à poupança e que visa permitir aos subscritores ter uma pensão mais elevada na altura da reforma.

o instrumento, previsto na lei de bases da segurança social, é um regime de capitalização, de adesão individual e voluntária, cuja organização e gestão é da responsabilidade do estado.

as contribuições de cada aderente são depositadas na sua conta, convertendo-se em certificados de reforma, e integram um fundo autónomo, gerido pelo instituto de gestão de fundos de capitalização da segurança social.

o trabalhador inscrito na segurança social pode optar por descontar 2% ou 4% da remuneração média ou 6% para os aderentes com 50 ou mais anos.

lusa/sol