Roubos a bancos e residências foram os crimes que mais subiram em 2012

Os roubos a bancos e a estabelecimentos de crédito e a residências foram os crimes que mais cresceram em 2012, no quadro da criminalidade violenta e grave, revela o relatório de segurança interna.

Segundo os dados hoje divulgados em conferência de imprensa, os
roubos a bancos e estabelecimentos de crédito subiram 38,2 por cento o
ano passado em relação a 2011, enquanto a residências aumentaram 35,7%.

O
relatório indica que, relativamente a 2011, verificaram-se mais 34
casos de roubo a instituições bancárias ou outro estabelecimento de
crédito (no total foi de 123), enquanto se registaram mais 262 casos de
roubo a residência – (no total de 995).

Outra subida digna de
registo na criminalidade violenta e grave ocorreu no homicídio
voluntário consumado, que registou mais 32 casos (num total de 149),
sendo que 37 foram homicídios conjugais (violência doméstica).

A
quarta maior subida percentual na criminalidade violenta e grave
prende-se com a extorsão, que registou mais 44 casos (o total foi de
222), ou seja mais 24,7 por cento.

Com o roubo a subir em várias
vertentes, há ainda a destacar em 2012 mais 10 casos (total de 53) de
roubo a estabelecimento de ensino (mais 23,3 por cento) e uma subida de
19,7 por cento (mais 27 casos) nos casos de roubo a ouriversaria e casas
de venda de ouro, que tiveram um total de 164 ocorrências.

Outros
crimes que aumentaram relacionam-se com resistência e coação sobre
funcionário (mais 119 casos/ total de 1.863) e roubo a edifícios
comerciais ou industriais (mais 70 casos/total de 977), com um aumento
percentual de 7,7%.

A maior descida na criminalidade grave e
violenta (menos 31 casos/ menos 58,5 por cento) aconteceu nas
participações de associação criminosa (total de 22) e no roubo a
transportes de valores que registou menos 21 casos (total de 26), com
uma queda percentual de 44,7 por cento.

Outra das descidas
significativas em termos de criminalidade grave e violenta ocorreu no
roubo a farmácias, onde houve menos 25 casos (menos 23,4 por cento), bem
como rapto, sequestro e tomada de reféns, que teve menos 88 casos
(total de 419 participações), ou seja menos 17,4 por cento.

Com
descidas percentuais entre os 13 por cento e os 10,7 por cento estão os
crimes de roubo de viatura, roubo na via pública e roubo por estição.

Segundo o relatório, a criminalidade grave e violenta desceu 7,8% em 2012, sendo o total dos crimes registados 22.270.

Em
relação ao total das participações feitas à GNR, PSP e PJ verificou-se
uma diminuição de 2,3%, num total de 395.827 casos o ano passado, contra
405.288 em 2011.

Entre a criminalidade mais participada às forças
e serviços de segurança registou-se apenas o crescimento na condução de
viaturas sob o efeito de álcool e no fogo posto em floresta.

Estes
dados foram hoje apresentados no final de uma reunião do Conselho
Superior de Segurança Interna, presidida pelo primeiro-ministro, Pedro
Passos Coelho.

Lusa / SOL