Silo automóvel perto do Cais do Sodré chumbado pelo IGESPAR

O director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) disse hoje à Lusa que a construção de um silo automóvel no Corpo Santo, Lisboa, foi chumbado porque tinha um «impacto arquitectónico negativo».

«foi dado um parecer negativo. é uma construção importante para a zona onde está inserida, na baixa pombalina» mas «tem um impacto arquitectónico negativo», disse elísio summavielle.

o responsável acrescentou que a câmara de lisboa terá de «rever aquela proposta» e afirmou que um parque subterrâneo poderá ser uma alternativa.

elísio summavielle sublinhou, contudo, que foi pedido ao igespar um pedido de parecer prévio e não de um projecto concluído.

contactado pela lusa, o porta-voz dos moradores e comerciantes do cais sodré disse estar «muito satisfeito» com o chumbo do igespar à construção do silo automóvel.

«estamos muito satisfeitos. no fundo, o igespar deu-nos razão. há que defender o conjunto arquitectónico e a volumetria do silo fica desajustado na baixa pombalina», disse josé maria pacheco.

o porta-voz disse ainda que vai pedir uma «posição formal» à câmara de lisboa sobre o parecer e o que implica na decisão de construir o silo.

reafirmando que «não faz sentido» estar a construir o silo, o porta-voz disse ainda esperar que haja «bom senso» por parte da autarquia.

em causa está a construção de um silo automóvel com três andares no largo do corpo santo, ao cais do sodrén para onde estavam inicialmente projectados um estacionamento subterrâneo e um jardim à superfície, no âmbito da requalificação da ribeira das naus.

a alteração ao projecto foi justificada pela câmara de lisboa com o facto de esta solução permitir uma poupança superior a cinco milhões de euros.

lusa/sol