«para aproximadamente metade dos grandes bancos, os resultados mostram que as mudanças de critérios se traduziriam em cortes de um escalão», informou a standard and poor’s, num relatório citado pela agência europa press, no qual foram feitas estimativas para 138 bancos de 23 países.
a agência concluiu que o impacto seria «modesto», ainda que tenha advertido que o cenário se pode alterar em função das análises reais que sejam produzidas.
o objectivo desta revisão da metodologia é o de tornar as classificações «mais transparentes», centrando as análises na capacidade de um banco para proteger o capital e cobrir as perdas, bem como o da separação dos estudos sobre o financiamento e a liquidez de um banco, incluindo nos primeiros a evolução do negócio.
isto resultará num rating que colocará «menos enfâse» nos lucros «não demonstrados» da diversificação e mais nos riscos derivados da complexidade relacionada com os derivados fora de balanço e com o financiamento estruturado.
assim, a standard and poor’s prevê que 85% das notação de crédito de longo prazo dos grandes bancos mundiais se manteria igual ou revista em apenas num nível (seja em alta ou em baixa), admitindo que para 15% das instituições analisadas as variações podem ser superiores.
porém, revela que menos de 20% das entidades com um rating de a-1 ou superior seriam afectadas pelos cortes.
a agência justificou estas modificações porque considera que as crises bancárias têm sido uma constante na história financeira e que voltarão a repetir-se depois de passar a actual, com o mesmo padrão de ascensão e queda do sector, seguido por resgates dos governos.
«queremos assegurar-nos de que as lições da recente recessão económica não são esquecidas enquanto as economias nacionais se recuperam, criando um próximo período de condições favoráveis que dão lugar ao crescimento e lucros bancários», concluiu a standard and poor’s.
lusa/sol