STE acusa Governo de querer cortar 1,2 milhões de euros nas prestações sociais

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) afirmou hoje, em comunicado, que o Governo pretende gastar menos 1,2 milhões de euros nas prestações sociais.

De acordo com os cálculos do STE, existe uma diferença
«significativa» entre o montante previsto para prestações sociais para 2012 no
Orçamento rectificativo (37.984 milhões de euros), apresentado no final de Março,
e o calculado agora no Documento de Estratégia Orçamental (DEO), apresentado a
30 de Abril (cerca de 36.690 milhões de euros).

A rubrica prestações sociais inclui encargos com pensões da Caixa
Geral de Aposentações e da Segurança Social, subsídio de desemprego e saúde.

«Parece que o Governo se prepara para gastar menos 1.200 milhões
de euros do que há um mês atrás. Sabemos que as reformas antecipadas da
Segurança Social foram suspensas no início de Abril e, por isso, haverá menos
despesa com pensões, mas este facto não explica tudo», afirma o STE no
comunicado.

«Onde é que o Governo vai cortar ainda mais? No subsídio de
desemprego? Na saúde? Noutras prestações sociais?», questiona o STE, afirmando
que os portugueses, que «estão a passar por enormes sacrifícios», têm o direito
de conhecer «as verdadeiras intenções do Governo».

O STE argumenta ainda que a diferença nas prestações sociais «vai
contribuir para que, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), a despesa
corrente e o total da despesa diminuam, em 2012, para 44,4 por cento e para
47,5 por cento, respectivamente».

Estes valores comparam com 45,3 por cento e 48,5 por cento
previstos no Orçamento rectificativo.

Lusa/SOL