a editora asa passou a deter, desde 2009, os direitos de publicação da emblemática obra de banda desenhada de hergé e fez uma nova tradução a partir do original, publicando agora uma nova série dos 24 álbuns.
o protagonista deixa de ser tintim e volta a chamar-se tintin, o nome original, mas no essencial a tradução não belisca o espírito das histórias do aventuroso repórter, garantiu a editora maria josé pereira.
a apresentação dos seis primeiros volumes da série acontece na terça-feira no espaço tintin, em lisboa, por nuno artur silva, argumentista e fundador das produções fictícias.
a nova edição tem um formato mais pequeno, mais «apelativo para um público mais novo» e com outra tradução de maria josé pereira e paula caetano.
«quisemos dar mais atenção à linguagem, dar-lhe uma sequência, condensar as ideias sem encher muito os balões», disse a editora, garantindo que os nomes das restantes personagens não sofrem alterações.
«tintin no país dos sovietes», tintin no congo e tintin na américa foram os três primeiros volumes a serem publicados.
prevê-se que toda a colecção esteja disponível até outubro de 2011, altura em que deverá estrear a adaptação de tintin ao cinema por peter jackson e steven spielberg.
antes de existirem as traduções para inglês ou neerlandês, fica para a história a edição de tintin em português, quando a revista portuguesa o papagaio publicou a 16 de abril de 1936 o começo de aventuras de tin-tim na américa do norte.
à primeira tradução de tintin a nível mundial junta-se outro marco histórico para o papagaio: é nas suas páginas que os desenhos de hergé são apresentados pela primeira vez a cores.
a edição de tintin em álbum só começou em portugal em 1988, 52 anos depois de o papagaio, pela mão da editorial verbo.
setenta e quatro anos depois da publicação em o papagaio, tintin regressa ao mercado com uma nova tradução pela asa.
lusa / sol