Tristeza do Brasil não tem fim, felicidade da Alemanha também não

O Brasil, a pátria que se diz do futebol, a paixão que tem pelo jogo, sofreu um dos maiores golpes de sempre no seu coração (que é o futebol). Uma tristeza imensa tomou conta de Belo Horizonte, que rapidamente se alastrou pelo Brasil inteiro. A Alemanha, essa, reteve o contágio. Resolveu o jogo em meia-hora…

Tristeza do Brasil não tem fim, felicidade da Alemanha também não

A boa notícia é que o Brasil, a selecção que renasceu em 1982 depois do maior golpe de sempre no futebol (o Brasil era o futebol), com a derrota no Mundial de 82 frente a Itália, reergueu-se e voltou a conquistar – venceu em 1994 e 2002. É mais ou menos isto que vai ter de fazer agora.

Pior: o maior pesadelo do Brasil, que era repetir a final perdida de 1950 (derrota no Marcanã para o Uruguai, 1-2), tornou-se cem vezes mais diícil. A derrota em casa ante a Alemanha foi ainda mais dolorosa. 

Em casa, queria a final. E ganhá-la. Não conseguiu. Em casa, perdeu a meia-final da pior forma possível. Com goleada.

Houve de tudo. Tivemos o melhor marcador de sempre em Mundiais (o golo de Klose tonou-o o máximo goleador em Campeonatos do Mundo, com 16 golos). E a Alemanha chegou aos 17 golos, mais na fase a eliminar (10 golos) do que na fase de grupos (7).

O Brasil não esperava isto, Nem ninguém.

O golo de Müller, sempre ele, precipitou tudo. O alemão do Bayern participou directamente em 9 golos (marcou  5 e assistiu 4). Nunca ninguém tinha feito isto desde Maradona (5+5 em 1986). Sim, isto coloca-o ao nível do génio argentino.

Mas a coisa não ficou por aqui. E se a história não chegava, eis que chega Klose. Deixou a sua marca. E que marca. O seu golo elevou-o à galeria dos imortais. Chegou aos 16, o máximo de sempre, ultrapassou Ronaldo.

E a partir daqui todo o castelo de cartas do Brasil se desmoronou. Kroos marcou dois de enfiada e Khedira fechou esta investida mortífera. O estádio veio abaixo, as lágrimas escorreram pelo rosto dos adeptos.  

Estava feito. A tristeza começava para os brasileiros, quando a felicidade começava para os alemães.

Chegaram aos 7. E o Brasil marcou o seu ponto de honra com um golo no final. Pouco. Muito pouco. Não se via uma humilhação tão grande (6 golos de diferença) desde o Mundial de 1938 (Suécia 8-0 Cuba, nos quartos-de-final).

 

Estádio Mineirão, em Belo Horizonte.

Brasil-Alemanha, 1-7 

 

 

SOL