UDP assalta BE para quê?

A diluição de 3 correntes politicas – UDP, PSR e Movimento Política XXI – no Bloco de Esquerda foi a certa altura útil para todas, que conseguiram assim aceder ao Parlamento, e chegaram a ter um razoável grupo parlamentar. A inutilidade da sua acção, porém, ao recusarem alianças que poderiam moldar o Poder, resumiu-os depois…

E agora, para piorar de vez a situação, a UDP põe-se ao ataque do BE, fazendo tudo para o resumir à escassa representatividade que ela própria detém. Só assim se compreende o avanço do seu militante, Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco, numa candidatura à liderança do Partido. Este esquerdismo não tem mesmo conserto. Definitivamente, não está interessado em forjar uma alternativa democrática, e não reparou que o tempo das vanguardas operárias e das ditaduras populares felizmente acabou. Ou então, é mais perspicaz do que pensamos, e dá assim uma inestimável ajuda ao PS de António Costa, prontificando-se a transmitir-lhe desta forma o grosso do seu eleitorado.