UTAD aumenta propinas para os mil euros

O Conselho Geral da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, fixou hoje em 999,71 euros a propina para o ano letivo 2011/2012, um acréscimo de 12 euros em relação ao ano anterior justificado pela inflacção.

o presidente do conselho, o embaixador francisco seixas da costa, disse aos jornalistas que este acréscimo representa mais 60 mil euros no orçamento da universidade, um valor que considerou “importante para o dia a dia e funcionalidade” da universidade.

“discutiu-se se, nas atuais circunstâncias em que é pedido um esforço às pessoas em todos os setores da vida portuguesa, seria absolutamente necessário [este aumento]”, salientou, considerando que sim, que é importante, até porque este ano a utad viu diminuir o orçamento proveniente das transferências estatais.

dos 23 elementos do conselho geral da utad, dois votaram contra o aumento da propina.

durante a semana passada, patrick freitas, presidente da associação académica da utad, já tinha dito que os “alunos estão contra o aumento da propina”, alegando que “não é a altura certa, pois muitos dos estudantes estão já com dificuldades de pagamento do actual valor”.

referiu mesmo que alguns alunos estão a deixar o pagamento da propina para o prazo final ou até para o ano seguinte.

o conselho apreciou ainda o esboço de um plano estratégico para a academia transmontana, apresentado pelo reitor carlos sequeira, e decidiu organizar umas jornadas de reflexão, que decorrerão antes das reuniões de outubro e setembro deste órgão da universidade.

“são jornadas abertas porque pensamos que é preciso, na atual conjuntura, pensar o futuro e as opções estratégicas da utad, seja os cursos em que deve apostar, os setores e, inclusivamente, o seu redimensionamento e a reforma das suas próprias estruturas”, sublinhou.

o objectivo é, segundo frisou o responsável, “envolver a academia numa reflexão sobre o futuro tendo em conta aquilo que são os desafios lançados pela diminuição de alunos ou concorrência de outras universidade”.

seixas da costa referiu ainda que em apreciação está também um “plano de viabilidade” sobre o pólo da utad em chaves.

“é uma questão que está presente nos nossos trabalhos há várias reuniões. vamos outra vez considerar isto no mês de outubro. temos de o fazer de uma forma muito fria, isto é, perceber se do ponto de vista organizacional, financeiro e de impacto sobre a região, se este pólo se justifica ou não”, sublinhou.

o responsável referiu que o debate “continua aberto” e que é preciso “ouvir os vários intervenientes e ter mais dados para poder alicerçar qualquer decisão que venha a ser tomada no futuro”.

a decisão final sobre o plano estratégico caberá sempre ao conselho geral da utad.

lusa / sol