Adriano Moreira foi um exemplo de uma enorme paciência, e, com o inegável cunho dos seus méritos intelectuais, soube traçar uma improvável trajetória, para um homem nascido numa aldeia da província e que viria a chegar a Lisboa entre o contingente de «emigrantes que vinham do norte», colocando-se na esfera do poder.
Morreu aos 100 anos uma figura que se viu sempre entre as mais singulares da vida política portuguesa, um homem que esteve preso com Mário Soares no Aljube, que viria a adaptar o luso-tropicalismo a ideologia oficiosa, ajudando a maquilhar o período final do colonialismo português enquanto ministro de Salazar. Gabava-se ainda de ter dado…
Morreu aos 100 anos uma figura que se viu sempre entre as mais singulares da vida política portuguesa, um homem que esteve preso com Soares no Aljube, que viria a adaptar o luso-tropicalismo a ideologia oficiosa, ajudando a maquilhar o período final do colonialismo português enquanto ministro de Salazar. Gabava-se de ter dado uma resposta torta…
“Deixou-nos há duas horas Adriano Moreira. Em paz, sereno, na história, mas acima da história como sempre viveu”.
Várias figuras recordam importância de Adriano Moreira na política e na sociedade portuguesa
Foi o político com maior longevidade da história democrática portuguesa.
Aos 100 anos de idade, o antigo presidente do CDS-PP e ex-ministro do Ultramar, nos tempos do Estado Novo, é uma das figuras mais marcantes do Portugal contemporâneo.
Cumprem-se hoje 100 anos do nascimento de Adriano Moreira, o transmontano que esteve preso no Aljube, foi ministro de Salazar, presidiu ao CDS e se torna o político com maior longevidade da história democrática.
Se, de manhã, o Centro de Congressos de Aveiro foi o palco do 30.º Congresso do CDS-PP, a parte da tarde foi dedicada à celebração dos 48 anos de vida do partido. Para tal, figuras como Telmo Correia, Cecília Meireles e Mota Soares, entre outros, tomaram o púlpito.
Era filho do histórico do CDS Adriano Moreira e irmão da deputada Isabel Moreira.