Fernanda, Maria e Margarida são apaixonadas pelos seus bonecos reborn. Apesar de garantirem não os tratarem como bebés reais, as três admitem que estes lhes trazem paz e que são uma coisa apenas sua
É como se entrássemos na ‘Matrix’ do mundo materno. Há maternidades construídas, passeios de carrinho com bonecos, simulações de partos, até boletins de vacinas e certidões de nascimento. Há quem faça coleção e quem se prepare para uma maternidade real. Mas o Brasil está preocupado e já avançou com três projetos-lei.
O Presidente do Conselho de Especialidade de Psicologia Clínica e da Saúde da Ordem dos Psicólogos Portugueses diz que os Reborn se trata de um fenómeno ligado ao contexto cultural contemporâneo, em que existe um mercado emocional e de consumismo afetivo.
Os bebés Reborn são o princípio da distopia de Spielberg, em que os robôs não servem apenas para tarefas laborais, que apenas têm funcionalidades práticas e económicas, mas também para preencherem doentios vazios emocionais e sentimentais. Uma distopia em direto
Alguns parecem tão reais que chega a ser desconcertante. Os bebés reborn são o novo fenómeno do TikTok. Construídos com o máximo de detalhe possível, podem ter fins terapêuticos e custar cerca de dois mil euros. Há quem os colecione, quem os trate como verdadeiros filhos. No entanto, é importante não sair do campo lúdico