Homenagem a José António Saraiva


  • O que ele não era

    A sua natureza iconoclasta – de virar o mundo do avesso para o entender, se necessário – fazia do seu jornalismo um constante exercício de liberdade, com custos, claro, mas admiradores, sem dúvida.


  • Homenagem a José António Saraiva

    Pensava sempre pela sua cabeça, com independência e frontalidade. E isto merece admiração e respeito.


  • Um homem com fibra moral

    Cumpriu sempre com o seu dever de informar.


  • Um analista político

    Expressava corajosamente uma opinião independente, acutilante e muitas vezes desassombrada, o que lhe valeu muitas incompreensões.


  • Uma despedida

    A sua qualidade como jornalista testemunhei-a não só na leitura dos seus textos, mas também nas várias entrevistas que lhe concedi durante a minha vida política.


  • Jornalismo e país ficam a dever-lhe notável contribuição

    Aprendi, assim, não só a estimá-lo, mas, também, a admirá-lo.


  • Um líder protetor e independente

    Lembro-me como se fosse hoje do primeiro encontro com ele, numa das primeiras noites de fecho do Expresso, no corredor do terceiro andar da rua Duque de Palmela: era «o arquiteto», «o diretor», como as suas secretárias lhe chamavam.


  • Inovador e independente

    Conservador nos costumes, mas sempre transgressor e irreverente na inovação, o José António vivia com gosto essa aparente contradição.


  • JAS: o defensor máximo da liberdade

    Eu era estafeta, ele era o diretor do jornal mais importante do país. Ficámos amigos até sempre. Com ele aprendi o que é ser livre e não ir na carneirada, mesmo que isso nos traga muitos inimigos. Sempre me deixou escrever o que pensava, apesar de ele discordar abertamente de mim.


  • Mensagem do Conselho de Administração

    A sua influência manter-se-ia até ao dia de hoje, sendo uma marca indelével na qualidade do jornal que é apresentado semanalmente aos nossos leitores.


  • Obrigado,  Zé António!

    Tinha ideias fortes e defendia-as até um ponto em que parecia apostar somente na diferença e na originalidade, mas, sob a sua direcção, a liberdade e a tolerância não foram palavras vãs; tornaram-se uma prática e um doutrina.