Vacinação entre os 12 e os 15 vai arrancar apenas para crianças com fatores de risco. OMS pede adiamento de terceiras doses a países ricos.
Especialistas consideram que reforço é desnecessário e falam em “ganância”. Responsáveis da OMS lamentam que se esteja a discutir uma terceira dose contra a covid-19 quando há países que não receberam vacinas.
OMS calcula que balanço real poderá ser duas a três vezes superior ao oficial.
A recomendação da OMS baseia-se numa investigação divulgada, esta terça-feira, no Journal of the American Medical Association, na qual foram analisados 27 estudos em 28 países, envolvendo quase 11 mil doentes.
“Temos todos visto as imagens das zonas dos fãs, as pessoas a celebrar nas ruas, fora dos estádios. E isto é um risco massivo”, sublinhou a responsável técnica da OMS para a pandemia.
Variante Delta já está em 98 países.
Já foram detetados centenas de casos de infeção em adeptos que se deslocaram aos estádios para assistir a encontros da competição de futebol.
A Organização Mundial da Saúde defende que as vacinas continuam eficazes contra todas as variantes existentes.
De realçar que o laboratório assinou um importante contrato de encomenda com a União Europeia para esta vacina.
Duas doses devem ser administradas com entre duas a quatro semanas de intervalo.
“Gostaríamos que todos separassem, se puderem, a política da ciência”, afirmou Mike Ryan, diretor de emergências sanitárias da Organização Mundial da Saúde.
Há ainda sete países e territórios que não confirmaram oficialmente que detetaram a variante em questão, mas que a OMS diz ter informações da sua presença.
O líder do executivo português salientou o trabalho dos “serviços nacionais de saúde e os seus trabalhadores”, uma vez que são “a primeira e melhor linha de defesa contra as crises atuais e futuras”.
A OMS destacou a eficácia da vacina contra todas as variantes do vírus SARS-CoV-2.
De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, a Covax entregou até ao momento 65 milhões de doses a 124 países, tendo a oferecer ainda 190 milhões de doses.
A covid-19 “já matou mais de 3,25 milhões de pessoas e continua a afetar a vida em todo o mundo, e é fruto de uma miríade de falhas, lacunas e atrasos na preparação da resposta. Isso deveu-se em parte à incapacidade de aprender com o passado”.
A Sinopharm é a primeira vacina produzida na China a receber a aprovação da OMS.
Só a Índia e o Brasil registaram metade das novas infeções.