É um facto que Merkel sai fragilizada. Não conseguiu forjar, à primeira, uma coligação que lhe permita governar. Mas escrever-lhe o obituário é um erro primário. Todos os líderes europeus, com a exceção de Putin, são aprendizes ao seu lado. Com 12 anos à frente da Alemanha, a chanceler teve de lidar com ruturas institucionais…

A Arábia Saudita é um dos países mais conservadores do mundo. Quando se espreguiça, as placas tectónicas da região mexem. A espiral de tensão nas relações entre Riade e Teerão corresponde não apenas a uma longa luta política e religiosa no Médio Oriente, mas também a um período de transição e incerteza na cena política…

A lição é óbvia: quando a democracia direta e internet juntam forças, quase sempre o resultado é a tirania da parvoíce.

Os péssimos resultados da esquerda são explicados pelo afastamento do seu eleitorado tradicional. A família socialista, com a sua agenda progressista e bandeiras das minorias, reúne as simpatias das elites urbanas. Mas afastou-se dramaticamente das classes trabalhadoras. Ciclos de eleições provam que os descamisados da globalização têm transitado diretamente da esquerda para as fileiras eleitorais…

M&M sonham com uma Europa grande outra vez. É bom que não seja ‘bullshit’ e que alguma coisa mude de facto. 

As mais competitivas eleições de que há memória em França roubaram algumas certezas aos analistas. Mas há cinco coisas que podemos dar como garantidas de amanhã em diante.

Já Lenine dizia: «Há décadas em que nada acontece; e há semanas em que acontecem décadas». Parece que vivemos um desses períodos. As declarações dos decisores sinalizam mudanças de política externa. Proponho-lhe uma viagem com três paragens noticiosas da última semana. Primeira estação: Londres. «Ainda nem uma semana passou desde que foi acionado o artigo…