E esta, hem? De repente, Merkel parece progressista, a querer integrar imigrantes árabes, contrariando as tendências naturais da direita que a admirava, e baralhando a esquerda que a abominava.
Os jornais deram conta de uma sessão do Otelo de Shakespeare, em direto de um teatro da terra do enormíssimo dramaturgo britânico, Straford-upon-Avon, passada num cinema do Corte Inglês. O pior foi dizerem que os espectadores entraram na sala munidos de baldes de pipocas.
O Fisco, que já impôs os recibos electrónicos às profissões liberais e aos restaurantes (para só falar de 2 casos), quer agora levá-los aos senhorios, que muito o contestam por interposta Associação. A proposta do Fisco até foi moderada, pretendendo deixar de fora pessoas mais velhas e de recursos inferiores (que tanto ficarão de fora…
Devo dizer que concordo plenamente com António Guterres o Alto Comissário da ONU para os refugiados, e não com a onda do tempo europeu, quanto às migrações do Norte de África que assolam a Europa.
Uma empresa privada, para vender mais vernizes de cores arrojadas, deu-lhes nomes arrojados como estes: ‘atrevida’, ‘descarada’, ‘insaciável’ ou ‘vadia’.
Não repararam numa semelhança evidente entre o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e o Presidente em funções da Guiné Bissau, José Mário Vaz? Ambos entendem que a vontade expressa eleitoralmente não deve ser tão tida em conta como a sua visão iluminada das coisas.
Talvez eu não tivesse razão quando achava Sócrates demasiado igual a Passos Coelho, para justificar não apreciar nenhum dos 2. Afinal continuo sem gostar de nenhum deles, mas parecem-me cada vez mais diferentes. Sócrates estará a ser mais eficiente que Passos no combate ao PS.
Deu-me para reler agora as ‘Cartas a um amigo alemão’, escritas por Camus durante a II Guerra. E embora ele não quisesse reeditá-las a seguir à Guerra, quando a Alemanha foi vencida e o Nobel francês pretendia evitar maiores humilhações para o seu povo, assegurando então que já nada ali era actual (“o ‘vós’ não…
Dilma Rousseff parecia no domingo tão contestada nas ruas e nas sondagens como Passos Coelho em 2012 (lembram-se quando nem a Festa do Pontal era em recinto aberto?) ou talvez Sócrates antes. Nas manifestações contra ela aparecem cartazes com a cara de um suposto juiz justiceiro.
“[O governo grego] deve fazer mais ou menos o contrário do que prometeu durante a campanha eleitoral”, sentencia Wolfgang Schäuble, numa entrevista à Deutsche Welle citada no ‘Negócios’. E eis aqui uma curiosa noção de democracia, que nos querem impor de Berlim, com o estranho apoio de alguns em Portugal (como Passos e os seus…
A Comissão de Trabalhadores do INE saiu a terreiro com um comunicado, contra os que não sabem ler os seus dados, alegadamente provisórios ou não, logo a seguir a saber-se que o Governo está maçado com o Instituto por causa dos números do desemprego.
Os números de Junho do INE sobre desemprego conseguem praticamente fazer a quadratura do círculo: indicam haver mais cerca de 200 mil desempregados do que quando o Governo tomou posse, mas situam a taxa de desemprego no nível mais baixo deste período: 12,4%.
Um estudo elaborado no último número da revista Exame mostra que a crise portuguesa continua sem chegar aos ricos – como nos anos anteriores. De facto, a fortuna global dos 25 mais ricos de Portugal voltou a aumentar no último ano – possuindo estes atualmente cerca de 8,5% do PIB nacional.
Ao ler há dias uma entrevista entusiástica de um dos líderes dos grupos privados de Saúde que operam em Portugal (os Lusíadas, o ex-BES Grupo LUZ e a José de Mello Saúde) lembrei-me dos tempos recuados, ainda no antigo Regime, quando os governos não se preocupavam com a Saúde dos pobres, e quando um avô…
Havia uma lei que pretendia democratizar as campanhas eleitorais, obrigando os meios de comunicação a acolherem propostas diferentes, com o mesmo realce das antigas. Claro que essa lei, com meandros incontroláveis, permitiu o aparecimento de velhas propostas e velhas figuras, a aproveitarem as campanhas eleitorais para se imporem aos meios de comunicação, e assim aparecerem…
O meu queixo caiu quando li nos jornais que este Governo olha criticamente para o excesso de pessoas que vão aos serviços de urgência hospitalares sem necessidade. E, no entanto, ao que parece, acabou com as consultas de última hora nos centros de saúde, obrigando a híper-recarregar as tais urgências hospitalares.
Nada é mais deplorável que estas guerras na constituição das listas de deputados. E nem quero falar naquelas em que se suspeita de trafulhices, a pontos de se processarem pessoas. Ou da vontade de correntes vencidas se imporem às ganhadoras (apesar de eu defender que os direitos das minorias são fundamentais em democracia).
Agora que José Quitério se reformou, e que começou a dar por aí entrevistas (teve o pudor de evitar mostrar a sua cara nos meios de comunicação enquanto foi o Papa da Crítica Gastronómica Nacional, desde 1976, para evitar ser reconhecido nos restaurantes, pelo que recusava idas à TV, mas aceitava falar nas rádios), lembro-me…