Sair do Facebook deixa as pessoas mais felizes

Uma semana offline basta para ficar menos deprimido

Apesar de não o terem feito sob a forma de teste comportamental, André e Luís, os dois desconectados das redes sociais entrevistados pelo i, parecem ter dado o passo certo na direção de uma vida mais feliz. Pelo menos assim o indica um estudo dinamarquês que revela que 55% das pessoas com conta no Facebook têm uma maior tendência para se sentirem stressadas do que as que não usam a rede social.

Para a investigação foi usada uma amostra de 1095 dinamarqueses com idades entre os 16 e os 76 anos, e a escolha do Facebook como alvo de estudo é óbvia para Meik Wiking, líder da pesquisa levada a cabo pelo Instituto de Pesquisa da Felicidade: “É a rede social mais utilizada por pessoas de todas as idades.”

O grupo foi dividido em dois: metade continuou a usar o Facebook como habitualmente, enquanto a outra metade fez uma pausa. Depois de uma semana, as pessoas que deixaram de usar o Facebook garantiam estar mais satisfeitas com as suas vidas. Traduzindo em números, 88% disseram estar mais felizes, contra 81% do outro grupo. Quanto à tristeza, 34% do grupo que se manteve conectado admitiram ser esse o seu estado de espírito, contra 22% do outro grupo. Por fim, 33% dos que se mantiveram ligados à rede social disseram-se deprimidos, contra 22% do outro grupo.

No final da experiência, os membros do grupo que abandonou o Facebook garantiam ter passado a ter uma vida social mais ativa e apresentavam menor dificuldade de concentração, enquanto os que se mantiveram com conta aberta na rede social mantinham essa dificuldade.

Contas feitas, o Instituto de Pesquisa da Felicidade dinamarquês conclui que 39% das pessoas com conta no Facebook têm uma maior tendência a sentirem-se menos felizes e que 18% dos que fazem uma pausa na utilização da rede social tendem a sentir-se mais presentes na sua interação com quem os rodeia.