«na sexta-feira de manhã a subdirectora do agrupamento deslocou-se ao mp para participar o caso e entregar o telemóvel da aluna e não recolhemos qualquer interesse do mp», afirmou o director do agrupamento de escolas, mário gomes.
a direcção da escola foi informada pelos serviços do mp de que deveria fazer a exposição do caso «por escrito», o que acabou por não acontecer na sexta-feira, tendo optado na segunda-feira por denunciar o caso à polícia judiciária.
neste sentido, adiantou que «vai fazer uma exposição do que se passou ao ministério público», a fim de procurar explicações para o fato de o mp não ter actuado de imediato e de ter recusado ficar com o telemóvel da vítima enquanto possível elemento de prova.
contactada pela lusa, fonte da procuradoria-geral da república esclareceu que «desconhece o caso e vai hoje mesmo solicitar informações».
mário gomes vai mais longe nas acusações, ao afirmar que o mp alegadamente já conhecia ao caso por intermédio da comissão de protecção de crianças e jovens (cpcj) de torres vedras.
«nunca fomos contactados» para prestar informações, disse, apesar de ser director da escola que a vítima frequenta.
«fomos os últimos a saber mas fomos os únicos que actuámos», sublinhou.
por outro lado, acusou a empresa barraqueiro, que assegura os transportes escolares, de «não ter denunciado o caso», após uma alegada denúncia que levou a administração a falar com o motorista.
a lusa não conseguiu obter ainda esclarecimentos da cpcj nem da empresa.
a polícia judiciária anunciou ter detido, na segunda-feira, um motorista dos transportes públicos, de 41 anos, por suspeita de abuso sexual de uma adolescente de 13 anos, que viajava para casa todos os dias de autocarro.
o caso foi denunciado pela escola que a vítima frequentava, após denúncia de colegas ao director de turma.
o suspeito vai ser ouvido na quarta-feira pelo juiz de instrução criminal do tribunal de torres vedras.
lusa / sol