Esta realidade já começa a ganhar adeptos junto dos consumidores e os portugueses são os europeus mais convencidos do surgimento da viatura autónoma nas estradas. Já a possibilidade de delegação da condução os torna mais entusiastas perante a ideia de poderem divertir-se a bordo. Estas são algumas das conclusões do estudo da Cetelem divulgado na Semana da Mobilidade.
A grande maioria dos inquiridos mostram-se preparados para adquirir um carro sem condutor, com 61% dos portugueses a garantirem que estão pronto para comprar um Google Car ou Apple Car – um valor ligeiramente acima da média europeia, que se fixa nos 55%. Já 85% afirmam que a viatura totalmente autónoma será uma realidade. Mais uma vez, acima da média europeia: 75%.
Quando confrontados em relação ao tempo em que poderão vir a utilizar este tipo de carros, a grande maioria aponta para daqui a uma década (31%) e para entre cinco a dez anos (31%). Apenas 15% acreditam que será possível daqui a um ou dois anos.
A segurança das pessoas e dos veículos (78%) e as economias financeiras (78%) são os critérios mais valorizados para uma viatura conectada. A otimização do tempo do trajeto fica para segundo plano (54%). Já o sistema de geolocalização e imobilização da viatura em caso de roubo (95%), o de manutenção preventiva, que permita avisar o condutor em caso de avaria ou de problemas iminentes (95%) e o de deteção de peões, ciclistas e outros obstáculos na estrada (92%) são os serviços e funcionalidades mais valorizadas pelos portugueses.
Mas nem tudo são facilidades. O receio pela segurança (25%), o de deixar de controlar totalmente o veículo (25%) e o da utilização que possa ser feita das informações que a viatura comunicará (23%) são algumas das questões que continuam a inquietar os condutores portugueses. Ainda assim, 30% dos portugueses afirmam que o desenvolvimento dos serviços e as funcionalidades que podem ser oferecidos pela viatura conectada irão incentivá-los a renovar o seu veículo atual mais rapidamente.
