PGR confirma investigação a juiz Rui Rangel

Inquérito teve origem em certidão extraída do processo em que José Veiga está a ser investigado

O juiz desembargador Rui Rangel está a ser investigado por indícios de crimes recolhidos no âmbito da chamada Operação Rota do Atlântico – em que se investiga José Veiga e Paulo Santana Lopes por suspeitas “de corrupção ativa no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influências, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada”.

Segundo o SOL apurou, há já vários meses que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) encontrou no âmbito desta investigação factos que indiciam a prática de crime e que envolvem o magistrado do Tribunal da Relação de Lisboa.

Tudo começou quando foram feitas buscas ao escritório do advogado José Santos Martins, indiciado na Operação Rota do Atlântico – e que é próximo do juiz Rui Rangel. Segundo o “CM”, Santos Martins é suspeito de ser um testa de ferro do desembargador, uma vez que as suas contas, tal como as do seu filho, poderão ter sido utilizadas para acumular dinheiro do magistrado.  

Foi a partir das diligências levadas a cabo no escritório que a equipa que investiga a Operação Rota do Atlântico decidiu extrair uma certidão e enviar a mesma para o Ministério Público, junto do Supremo Tribunal de Justiça, isto porque só nesta instância se pode decidir a abertura de um inquérito que vise um juiz desembargador.

Hoje ao final do dia, a Procuradoria Geral da República (PGR) confirmou oficialmente que o inquérito foi aberto. A investigação, explicou ainda a PGR, “teve origem numa certidão do processo Rota do Atlântico” e encontra-se em segredo de justiça.