Que empresas vendem mais ao exterior?

No topo das empresas portuguesas que mais contribuem para o equilíbrio da balança comercial está a Petrogal, a grande campeã das exportações portuguesas, segundo um ranking solicitado pelo SOL ao Instituto Nacional de Estatística (INE), relativo a 2015.

Esta subsidiária da Galp é a única refinadora do país e é responsável por distribuir produtos refinados a Portugal, Espanha, Angola, Moçambique, Cabo Verde e outros países africanos.

Mas a falta de petróleo em Portugal faz com que seja também a empresa que mais importa, numa lista onde a Galp tem grande expressão, já que o negócio do gás natural ocupa o segundo lugar.

Na lista elaborada do INE, a Volkswagen Autoeuropa é a segunda maior exportadora. A vender lá fora com cada vez mais expressão está ainda a Portucel Soporcel (produtor de pasta e de papel) e a Continental Mabor, que produz pneus. Também na indústria automóvel, destacam-se como a Faurécia (componentes) e Bosch Car Multimedia (auto-rádios e outras soluções tecnológicas).

Perante estes resultados, que já se desenhavam em outubro de 2015, o agora ministro da Economia  Manuel Caldeira Cabral explicou que a lista das grandes exportadoras começou a refletir uma mudança de perfil das vendas ao exterior. «Portugal deixou de exportar tantos bens de baixa tecnologia (caso dos têxteis, do vestuário e do calçado) para passar a exportar bens de tecnologia média e média/alta (caso da indústria automóvel). É uma evolução importante, embora ainda não chegue à alta tecnologia».

Mas há economistas que deixam alertas. «O crescimento anual médio em 2015 ficou-se acima do registo de 2014, mas longe da fasquia que os dados do 1º semestre poderiam sustentar sem o abrandamento do 2º semestre», escrevem os economistas do Católica Lisbon Forecasting Lab – NECEP, o núcleo de previsão da Universidade Católica. Para este grupo é necessário ver que o abrandamento do investimento pode ser «o principal sinal de preocupação».

Para este grupo de economistas, os dados de 2015 aumentam a complexidade das previsões para 2016, até porque deixam um aviso: «a ausência de uma recuperação robusta e constante neste agregado sinaliza as debilidades do crescimento potencial da economia».

Ranking

1º Petrogal

2º Autoeuropa

3º Portucel Soporcel

4º Continental Mabor

5º Faurécia

6º Repsol Polímero

7º Bosch Car Multimedia

8º Philip Morris