E se o ano escolar tivesse apenas dois semestres?

O modelo proposto viria substituir os atuais três períodos

Os diretores escolares defendem que o ano letivo no ensino básico e secundário devia ser dividido em apenas dois semestres, tal como acontece no ensino superior. Este novo modelo viria substituir o atual, que se divide em três períodos.

Para Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), o ano letivo devia ter apenas duas épocas de avaliação – em Fevereiro e no final do ano – mantendo-se as pausas atuais no Natal, Carnaval e Páscoa.

O responsável vem reforçar a ideia já apresentada anteriormente ao ministro da Educação. No entanto, a equipa liderada por Tiago Brandão Rodrigues apresentou sexta-feira o calendário escolar para o próximo ano letivo, para o qual está prevista a atual divisão em três períodos. Filinto Lima admite que a proposta foi apresentada “um pouco tarde” para conseguir mudanças imediatas: “Estas medidas exigem discussão e debate, se bem que junto dos diretores e professores acolhem todo o interesse”.

Este ano, e tendo em conta que as pausas coincidem sempre com o calendário religioso do Natal e da Páscoa, está previsto um ano letivo dividido num primeiro período de 67 dias, um segundo de 54 e um último de 29 dias.

Os diretores acreditam que ter apenas dois momentos de avaliação seria bom para o sucesso educativo e para o combate ao abandono escolar. “Por exemplo, um aluno que tem negativa nos dois primeiros períodos, fica desmotivado e não acredita que consegue recuperar num período de apenas 29 dias”.