Bem-vindos à indústria 4.0!

O 5G em Portugal está a tornar a indústria 20 a 30% mais produtiva.

O 5G em Portugal está a tornar a indústria 20 a 30% mais produtiva, ao materializar cadeias logísticas mais otimizadas, eficientes e seguras. As tecnologias impulsionadas pela rede móvel garantem maior eficiência e elevam a produtividade das empresas a novos patamares.

Sempre que abre um pacote de sumo Compal ou uma garrafa de Sumol certamente estará longe de imaginar que a sua produção em fábrica se faz com recurso às mais avançadas tecnologias, suportadas por redes 5G.

Em Almeirim, de onde sai a produção da marca, os operadores usam óculos de realidade virtual (VR) e acompanham o fabrico através da realidade aumentada (AR), que permite conhecer, em tempo real, se existe algum tipo de avaria, entropia ou problema na cadeia de produção.

À semelhança do que, até há poucos anos, seria considerado próximo da ficção científica, cada operador observa a fábrica através das lentes onde surgem destacados pontos com informação referente às máquinas em que estão, por exemplo, a realizar uma inspeção de rotina.

Naquela que é a “primeira fábrica 5G” do país, desenvolvida e implementada em 2021, em parceria com a NOS, o balanço dos cerca de 18 meses de projeto é, nas palavras dos seus responsáveis, muito positivo. A empresa tecnológica tem-se mostrado na vanguarda da transformação digital das empresas em diferentes setores de atividade, nomeadamente na indústria.

Na perspetiva de Manuel Eanes, “o futuro da indústria é mais inteligente e sustentável, e o 5G é catalisador dessa transformação”. Para o administrador da NOS, ao introduzir tecnologias de sensorização e de análise de imagem e vídeo, de automação e de analítica, “são possíveis ganhos de eficiência e de produtividade muito importantes em pouco tempo, que diferenciarão os pioneiros dos demais.”

Mais produtividade, eficiência e segurança


Numa altura em que tanto se fala em re-industrialização e na aproximação das cadeias de abastecimento, a indústria portuguesa pode ter no 5G o garante para a eficiência, otimização e qualidade, que permitirá a empresas, de todas as dimensões, destacarem-se no contexto global. A quinta geração móvel traz a capacidade de garantir uma maior conectividade – até um milhão de dispositivos por km2 – essencial nos ambientes cada vez mais complexos de uma indústria. A velocidade e latência permitem a adoção de novas soluções em domínios como a automação, a engenharia eletrónica e a engenharia informática e de software das empresas.

Fornecedores, matérias-primas, stock de peças, tempo de produção, equipas e turnos estão, desta forma, conectados e têm acesso a toda a informação de que necessitam, em tempo real. Também os sensores, identificação e tracking de equipamentos ou materiais geram informação que a inteligência artificial processa para melhorar a OEE (overall equipment effectiveness), e a eficiência geral da operação. Com ligações 5G, a monitorização desses indicadores, para vários setores ou até geografias, é feita em tempo real e à distância.

Mas, além dos benefícios já elencados, há outras vantagens evidentes e com forte impacto na indústria, nomeadamente, o controlo dos consumos energéticos, o aumento generalizado da produtividade, a digitalização do chão de fábrica, o apoio da realidade aumentada e computer vision, a cibersegurança, ou a utilização recorrente de drones e robôs.

Por outro lado, a crescente sensorização, com a recolha e transmissão de dados a acontecer em tempo real, e com terabytes de imagens e dados a circular a cada momento, facilitam a expansão das analíticas, de machine learning e da inteligência artificial, e transformam toda essa informação em melhor planeamento, produção e manutenção, com maior eficiência energética e menos custos.

“A experiência na gestão industrial, conjugada com o 5G, aporta valências que não seriam possíveis noutra tecnologia”, sublinha Manuel Eanes.

Conteúdo patrocinado