Qual o melhor remédio para uma melhor saúde e para crescer mais? Provavelmente, a energia de um café duplo e uma dose reforçada de melhor gestão para a definição de uma estratégia focada em resultados.
Na prescrição de tantos autores e cientistas, recomenda-se algo semelhante a quem pratica desporto de forma aplicada: treino, rigor, planeamento e ousadia porque, como em tudo na vida, não há soluções milagrosas – e saber cair e levantar, logo de seguida, faz parte da caminhada ou da corrida. Parece simples, tal como a mensagem do Papa Francisco em Lisboa, mas o mais difícil é concretizar.
Nesta segunda edição do projeto “Portugal Amanhã”, debatemos o papel do Estado no setor da saúde, analisamos o caso de sucesso empresarial do maior fabricante e exportador de café português e também convidamos conhecidos economistas e gestores a refletir sobre temas estruturais como finanças públicas e o estigma que, em Portugal, ainda recai sobre o conceito de sucesso, num país que deveria ter maior ambição e confiança nas capacidades dos seus líderes e quadros qualificados.
Na rubrica “Sim ou Não” (sempre disponível em vídeo), desafiamos os professores Helena Canhão e Adalberto Campos Fernandes a responder à questão: o Estado deve ou não ter um papel, sobretudo, de financiador e regulador no sistema de saúde e menos de prestador? As propostas de ambos sobre políticas públicas para este setor tão relevante para toda a população merecem leitura atenta e realço que o ex-ministro da Saúde não poupa na crítica ao governo de António Costa (seu ex-chefe), por causa da gestão da pandemia e das listas de espera para os centros de saúde.
No “Sucesso.pt”, Rui Miguel Nabeiro (Delta) antevê o futuro do seu negócio e revela como está a concretizar a expansão internacional e o crescimento do grupo familiar, após a perda do seu avô e fundador da empresa. Se ser empreender é ser um construtor de sonhos, o gestor (que não dispensa o treino matinal regular, nem vários cafés por dia) partilha a sua visão sobre os desafios do país nos próximos 20 anos, colocando também o chapéu de presidente da CCIP – Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa. O país precisa de novas gerações a liderar e a mudar e Rui Miguel Nabeiro não foge a responsabilidades e desafios, nem às perguntas, na entrevista que está disponível em vídeo.
Quanto aos especialistas que connosco partilham conhecimento, Joaquim Miranda Sarmento apresenta uma proposta de reforma das finanças públicas e António Ramalho prefere refletir sobre “sucesso” em Portugal, em vez de banca ou infraestruturas, por causa do estranho complexo de inveja sobre quem procura e tem sucesso – por mais relató rios e livros que façamos sobre competitividade e produtividade.
Na contagem para os 900 anos de Portugal (2043), a mensagem desta edição é: saúde e sucesso.
luis.ferreira.lopes@newsplex.pt