Na linha da frente contra as alterações climáticas

Mitigação, exposição, vulnerabilidade, resiliência e recuperação são palavras-chave no vocabulário da Fidelidade, que procura antecipar desafios e preparar respostas para que os sinistros tenham o menor impacto possível.

As consequências das alterações climáticas são vastas e incluem inundações, tempestades, incêndios florestais, secas e desertificação, entre outros. O desafio reside na antecipação e na busca por soluções que não apenas permitam uma gestão técnica equilibrada por parte das seguradoras, mas também as coloquem como parte ativa na redução dos impactos negativos. A transformação do perigo passa pela adoção de estratégias que possam mitigar o agravamento dos riscos, contribuindo para cenários menos negativos.
As seguradoras, enquanto entidades financeiras, têm a capacidade de influenciar positivamente o cenário climático. A redução das emissões de gases com efeito de estufa tornou-se uma prioridade, refletida na estratégia de investimentos e na seleção criteriosa de áreas para subscrição de riscos. A promoção de uma carteira mais sustentável, quer na vertente de clientes particulares, quer na empresarial é, no caso da Fidelidade, uma das abordagens adotadas para conter a intensidade de carbono associada às atividades seguradas.
No segmento particular, e como exemplifica Rui Esteves, o ramo automóvel é uma das áreas em que a sustentabilidade da carteira de clientes pode ser trabalhada de forma mais direta. O diretor de estatística e estudos técnicos não vida explica, contudo, que este trabalho não passa apenas por aumentar o número de veículos elétricos seguros, mas também por uma abordagem positiva da redução de carbono. Por exemplo, “se consciencializarmos os clientes que usam carros mais poluentes sobre a importância de se deslocarem de formas alternativas – transportes públicos, bicicleta, a pé… – estaremos a contribuir para que estes veículos circulem menos, reduzindo a sua pegada de CO2”, reforça. Já no segmento empresarial, a influência da seguradora pode fazer-se “garantindo que temos connosco empresas que já assumiram também elas os compromissos de reduzir as suas emissões, e que têm planos para fazer essas reduções”, assume Rui Esteves.

Exposição: identificação e cobertura eficiente dos riscos

A exposição aos riscos climáticos é igualmente uma realidade que exige uma compreensão aprofundada. No setor segurador, a determinação do risco passa pela conjugação dos perigos, e pela sua intersecção com a exposição e com as vulnerabilidades. Ou seja, explica o diretor de estatística, “se não houver perigo não vai haver risco, se não houver exposição também não vai haver risco. Mas, mesmo que haja risco e exposição, se o objeto seguro não tiver qualquer tipo de vulnerabilidade também não vai ser afetado”.
Compreender as condicionantes do risco é, por isso, essencial. Rui Esteves destaca a importância deste trabalho, uma área na qual a Fidelidade tem investido nos últimos anos, para antecipar e prever as consequências de diferentes cenários de alterações climáticas, tendo recentemente criado o Center for Climate Change. Atualmente, diz, “existem ferramentas tecnológicas que permitem compreender melhor os riscos a que estamos expostos”. Exemplo disso é a georreferenciação dos riscos de cada local, através das suas coordenadas, informação que é cruzada outros dados como o tipo de solo e a sua ocupação, declives, quais os riscos de inundação ou de fogos florestais, entre outros, que permitam um conhecimento muito mais detalhado. “Depois é preciso perceber também como é que estas características específicas de cada um dos locais condicionam o comportamento das coberturas que são condicionadas pelas alterações climáticas”, salienta o especialista da Fidelidade.

Vulnerabilidade: conhecer e reduzir as fragilidades

Enfrentar as alterações climáticas envolve uma abordagem abrangente em relação à vulnerabilidade. Para além das questões patrimoniais, a identificação e redução de vulnerabilidades relacionadas com a saúde tornam-se fundamentais. Educar os segurados sobre investimentos eficazes para, por exemplo, fortalecer as estruturas das habitações é essencial. “Queremos ajudar os nossos segurados a identificar quais são as características que podem tornar as suas casas vulneráveis, e aconselhá-los sobre que investimentos são necessários para eliminá-las”, refere Rui Esteves.
A Fidelidade participa atualmente de um consórcio que integra especialistas de várias áreas que pretendem contribuir para este trabalho. Um projeto que aguarda apoios da União Europeia e que, na perspetiva do responsável de estatística da seguradora, contribuirá, de forma eficiente, para reduzir estas vulnerabilidades.
A resiliência das comunidades expostas aos eventos climáticos é também vital. As seguradoras desempenham um papel crucial ao alertar e orientar as pessoas, reduzindo vulnerabilidades no momento dos eventos. A rápida recuperação após desastres climáticos torna-se ainda mais crítica, destacando a importância das seguradoras na gestão eficiente e alocação de recursos para regularizar sinistros. l

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