“Investimento não é comprar casa”, diz Catarina Martins

“O BE está muito empenhado em diminuir impostos sobre trabalho e pensões”, frisou Catarina Martins, explicando que a ideia do novo imposto é levar quem mais tem e não contribui a começar a pagar.

Depois da polémica em torno do novo imposto sobre património imobiliário global, Catarina Martins vem assegurar que o que está em causa é taxar “património de luxo” e assegura que vai ser encontrada uma forma de “proteger todas as pessoas que não são ricas, mas que têm uma segunda casa ou herdaram património”.

A líder do BE defende que o imposto que está a ser estudado num dos grupos de trabalho que os bloquistas mantêm com o Governo é uma forma de encontrar receitas alternativas para haver folga para acabar com a sobretaxa de IRS.

“O BE está muito empenhado em diminuir impostos sobre trabalho e pensões”, frisou Catarina Martins, explicando que a ideia do novo imposto é levar quem mais tem e não contribui a começar a pagar.

“As mil famílias mais ricas em Portugal não pagam impostos”, frisou, fazendo a distinção entre o que é investimento e o que é a aquisição de bens de luxo. “As pessoas confundem investimento com transações financeiras”, disse, para em seguir lembrar que muitos dos proprietários de imóveis de luxo têm o dinheiro em offshores e, por isso, não pagam os impostos devidos.

“As casas não estão em offshores. Estão cá”, aponta a bloquista para justificar a ideia de aplicar uma tributação extra aos imóveis mais caros. “É de elementar justiça”, afirma, argumentando ser necessário não confundir as aquisições de imóveis com o investimento de que o país necessita.

“Não estou a falar de investimento. Estou a falar de comprar casas. Comprar casa não é investimento. Investimento é quando se cria valor. Investimento é quando se criam postos de trabalho”, frisa a líder do BE.