PSD. José Eduardo Moniz ou Laurinda Alves podem correr por Lisboa

Pedro Santana Lopes recusou um regresso à Praça do Município. No PSD-Lisboa aposta-se num candidato independente. Para já “avançam” os nomes de dois jornalistas

José Eduardo Moniz, ex-homem forte da TVI e atual vice-presidente do Benfica, e Laurinda Alves, jornalista e escritora, integram o mais recente grupo restrito de nomes sondados para poderem vir a ser formalmente convidados a assumir, como independentes, uma candidatura do PSD à Câmara de Lisboa, disse ao i fonte do partido.

Depois de Pedro Santana Lopes ter declinado o convite feito pelo coordenador nacional autárquico do PSD, Carlos Carreiras, e pelo líder da concelhia de Lisboa, Mauro Xavier, o partido em Lisboa avançou com estes dois nomes para poderem vir a ser testados junto do eleitorado.

Aliás, a decisão do atual provedor da Santa Casa da Misericórdia “condicionou até há poucos dias toda a estratégia do PSD para Lisboa”, lembrou ao i um dirigente do PSD Lisboa. Além de Moniz e de Laurinda Alves, houve momentos em que se falou também de António Mexia, presidente da EDP e ex-ministro de Santana Lopes, e de Carlos Barbosa, presidente do ACP.

O nome do próprio coordenador autárquico surgiu como elegível para a candidatura a Lisboa, logo a seguir à recusa de Santana Lopes, numa lógica de responsabilização pelo falhanço da aposta em Santana. Mas Carlos Carreiras tem assegurada, com o apoio do partido, a recandidatura à presidência da Câmara de Cascais.

A candidatura à capital continua, aparentemente a dividir as estruturas do PSD. O presidente da concelhia, Mauro Xavier, apostou tudo em Santana lopes e saiu de mãos a abanar. Estará agora mais apostado num candidato independente com notoriedade. A distrital tem-se mostrado mais virada para vir a apoiar, em coligação, a candidatura a Lisboa de Assunção Cristas, líder do CDS-PP.

Por sua vez, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, gostaria de ver na corrida a Lisboa um nome “forte e ganhador” do partido à maior câmara do país.

Orçamento, suicídio assistido e Marco António Houve reunião do Conselho Nacional do PSD até à madrugada de ontem, em Lisboa. No encontro do órgão dirigente do PSD confirmou-se que a liderança não nomeará qualquer substituto para o lugar que Jorge Moreira da Silva deixou vago na vice-presidência desta direção. O primeiro vice-presidente de Pedro Passos Coelho rumou à OCDE, abandonando o parlamento e os órgãos do partido. Continuam os vice-presidentes Sofia Galvão, Teresa Leal Coelho, Teresa Morais e Marco António Costa.

Passos Coelho abriu a sessão, com um discurso de cerca de uma hora, sobre a estratégia orçamental e de combate parlamentar do PSD. O tema das autárquicas, que vai deixando alguns militantes ansiosos, não foi central na reunião, garantiu fonte do Conselho Nacional ao i. Luís Montenegro, o líder da bancada, realçou também a importância de apostar nos quadros mais jovens do grupo parlamentar.

“Houve alguma gente que não foi por causa do feriado”, apontou uma deputada ao i. Sobre o tema da eutanásia, bastante referido durante a sessão, a parlamentar indicou que não “era o tema mais natalício para se discutir”. Será discutido no parlamento no início de 2017.

Marco António Costa, no final, enalteceu o estudo PISA sobre educação. “Os resultados são apresentados por entidades independentes que demonstram que nós fortalecemos a escola púbica, demos-lhe credibilidade e preparamos os jovens adequadamente para enfrentar as dificuldades do futuro”.

Sobre a Caixa Geral de Depósitos, afirmou: “Não deixa de ser curioso que o governo tenha escolhido o ex-ministro da Saúde do nosso governo para tratar da saúde à Caixa Geral de Depósitos”. *com Sebastião Bugalho