e quer isto dizer que o defesa tem por missão colar-se ao adversário e não o largar um só segundo, numa destreza equiparável à conhecida capacidade de lucky luke ser mais rápido do que a própria sombra. ou seja, interessa estar em cima, mas igualmente antecipar o movimento do adversário.
vai-se a ver e o mundo televisivo não é muito diferente. andam a rtp1 e a sic há meses a disputar as noites de domingo com armas equivalentes e assim parecem querer continuar. depois de o mundo da moda ter alimentado à procura do sonho e projecto moda, segue-se a batalha entre ídolos e operação triunfo. se no primeiro duelo cada estação apontava para um alvo diferente (a rtp1 escolhia um estilista para se apresentar no portugal fashion; a sic elegia dois modelos garantindo-lhes contratos com agências), havendo portanto filões por explorar, os dois programas que se propõem, mais uma vez, criar as novas grandes estrelas da música movem-se nas mesmas águas.
os castings estão a decorrer em simultâneo e, se nos lembrarmos que nem um ano passou desde que filipe pinto venceu a edição anterior de ídolos, é boa ideia baixar as expectativas. não só o talento não cresce nas árvores, como também não se reproduz que nem coelhos. curiosamente, mesmo estando provado que, em portugal, o engodo da grande carreira musical ao virar da esquina é um logro, as centenas de candidatos amontoam-se para reclamar os seus cinco minutos de fama ou humilhação. em queluz, claro, a tvi deve rir-se com a dentição toda bem à mostra. é que, não tarda, começará a correr por fora com o seu próprio trunfo: big brother.