Os adultos portugueses ocupam os últimos lugares, apenas à frente do Chile ou da Turquia, na avaliação de competências como ler e escrever. Para Luís Rothes, coordenador do estudo internacional, este é o maior problema educativo em Portugal.
Os alunos portugueses têm vindo a descer nos rankings desde 2015, exatamente o ano em que o meu filho do meio atirou a toalha ao chão porque soube que não ia fazer exames
Para o ex-ministro a queda dos alunos e dos adultos portugueses nos relatórios internacionais que avaliam as competencias é de Nuno Crato, da demografia, da ditadura e da pandemia.
Por décadas, os cursos profissionais carregaram o peso de serem um ensino de ‘segunda linha’, mas Pedro Major, diretor da Insignare, garante que “são cada vez mais a escolha das empresas”.
Os alunos portugueses estão cada vez pior em Matemática. A queda começou em 2015 e representa a perda de dois anos de escolaridade para os alunos do 8.º ano. A pandemia só veio agravar políticas erradas, diz João Marôco.
“A maioria das pessoas ganha o salário base da Administração Pública. Levam para casa pouco mais de 700 euros por mês”, disse o dirigente sindical, acrescentando que a ação também pretende “denunciar a falta de negociação por parte do Ministério da Educação”, segundo a mesma fonte.
Não se aprende contas de dividir com muitos números nem se obriga os alunos a decorar a tabuada. Mas os objetivos na Matemática são os mesmos de sempre. O raciocínio é o mais importante.
Ensina-se gramática mais complexa que não se reflete na capacidade leitora dos jovens. Os alunos portugueses leem pouco ou nada, o português do Brasil está a entrar devagarinho e as redes sociais roubam tempo de leitura e escrita. O Português é um problema com várias frentes.
Todos gostam da escola e acreditam que esta é essencial para a formação do seu caráter e futuro. No entanto, há muita coisa que, segundo Olívia, João, Francisco e Catarina, está mal. Desde a inércia dos métodos de ensino, “bastante teóricos”, à “inutilidade” de algumas disciplinas e falta de aposta noutras.
Ouvimos falar em reguadas, professores rígidos, exigentes. Ler e escrever sem erros era obrigatório e a matéria era para ser sabida de cor. Sem erros. Mas não foi assim em todo o país nem em todas as escolas. E se há quem não tenha saudades dos seus tempos de escola no Estado Novo
O ex-ministro da Educação admite que atualmente “muitos miúdos chegam à escola com dificuldades no domínio da língua” e que isso é um problema que tem de ser muito bem avaliado e trabalhado: “Não se pode dar um problema escrito de Matemática em português porque não percebe a língua”.
Raízes quadradas, derivadas, orações subordinadas… Valerá mesmo a pena matar a cabeça a empinar tudo o que é exigido? E o que fica dos milhares de horas consumidas na sala de aula?
Portugal já não é um caso de sucesso na aprendizagem da Matemática e é agora um exemplo de como se pode piorar. Avaliação internacional revela que estamos a cair a pique desde 2015 e que a culpa não é da pandemia mas sim de opções políticas.
Em cima da mesa estão o regime jurídico da habilitação profissional para a docência e o regime jurídico da formação contínua.
Numa comparação entre os 44 países que realizaram o TIMMS, Portugal surge assim em 26.º lugar a Matemática e 17.º a Ciências
Fernando Alexandre frisou que “temos quase 300 lugares preenchidos precisamente nessas escolas carenciadas”.
“Nós estamos empenhados em ser transparentes, verdadeiros, em poder ter, de forma tranquila e serena, uma abordagem com critérios de rigor”
Dos requerimentos submetidos este ano letivo, mais de 10 mil não foram aceites.
A análise, que decorreu entre 2020 e 2023 e envolveu uma amostra de mais de 10.000 estudantes