Metro até Campolide é prioridade

O Ministério das Obras Públicas informou que a expansão do metropolitano até Campolide «está definida como prioritária», respondendo assim a uma reivindicação da Câmara de Lisboa

no entanto, «as obras não avançarão imediatamente, dado o imperativo de contenção de gastos», refere fonte da tutela, salientando que o plano de investimentos do metro – anunciado há um ano e que previa cerca de mais de uma dezena de novas estações – foi «profundamente revisto», privilegiando as prioridades das ligações dentro da cidade, onde se «regista o maior volume de procura».

para esta procura, a melhor resposta está na «vocação modal do sistema metro», sustenta o ministério, admitindo que a contenção do endividamento das empresas públicas obriga a uma redefinição de novos investimentos.

na quinta feira, o vereador para a área da mobilidade da câmara municipal de lisboa reclamou ao governo o prolongamento do metropolitano até à zona de campolide.

durante a apresentação da semana europeia da mobilidade para a área metropolitana de lisboa, fernando nunes da silva, defendeu que a rede de transportes deve assentar na intermobilidade e aproveitou a presença do secretário de estado dos transportes, carlos correia da fonseca, para pedir o prolongamento do metropolitano até campolide, apostando depois num percurso pedonal de ligação a campo de ourique.

«o buraco até já está feito», afirmou.

na apresentação da semana da mobilidade, nunes da silva lamentou ainda que as «pessoas já nem sabem andar a pé» e considerou que nestes casos não se trata apenas de pedir e apelou a todos os agentes do setor que trabalhem na coesão e «resolução integrada» para que outras semanas da mobilidade se repitam.

o presidente da junta metropolitana de lisboa, carlos humberto, destacou que a apresentação de hoje mostra a existência da autoridade metropolitana de transportes de lisboa, que porém «carece de mais meios para se tornar visível, apontar resultados e apresentar planos».

«estão a ser dados pequenos passos, ainda insuficientes, mas na direção do que é o caminho», afirmou.

lusa/sol