halloween é uma palavra inglesa que significa dia das bruxas. segundo a wikipedia, trata-se de uma celebração de origem pagã do mundo saxónico, desde os tempos pré-medievais (vindo a ser exportada mais tarde para os eua e o canadá). etimologicamente, a origem da expressão seria hallow evening, ou seja, ‘noite sagrada’, transformada depois numa festa pagã próxima do nosso latino carnaval.
um português aí pela internet sugere que a data vem de há uns 400 anos, em portugal, e se refere a uma tal alduína, que era bruxa merecedora de excitações infantis e que escapara milagrosamente às severas perseguições religiosas. oportuna sátira, de resto, a vincar bem o disparate da coisa. também poderíamos lembrar o caso mais actual da casa dos gnomos, do aterrador francisco leitão, agora atrás das grades. e organizar lá uma excursão na noite de 31 de outubro para 1 de novembro.
estou com o leitor nisso da bimbalhada, para usar a sua pitoresca expressão. mas não sejamos ingénuos: o que os restaurantes e os armazéns querem é fazer negócio a qualquer pretexto, e o pretexto que sobra, entre o verão e o natal, é este costume anglo-saxónico.
só mesmo um verdadeiro ‘bimbo’, deslumbrado por reportagens do estrangeiro, se lembraria de trocar o nosso genuíno carnaval (já de si, nos tempos que correm, um pouco deprimente), por uma carnavalada mais tosca e saxónica, a que somos totalmente alheios.
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