publicado em portugal pela caminho em 2007, o quarto romance da série ‘o reino’ (depois de um homem: klaus klump, a máquina de joseph walser e jerusalém), chegou este ano às livrarias francesas com o título apprendre à prier à l’ère de la technique, numa tradução de dominique nédellec, e foi também finalista de outros dois prestigiados prémios literários franceses: femina e médicis.
criado em 1948 por robert carlier e pelo seu amigo andré bay, em torno de um grupo informal de editores, o prix du meilleur livre étranger foi um dos primeiros prémios a debruçar-se sobre os livros traduzidos em frança e é encarado como uma espécie de ‘antecâmara do nobel’.
da já longa lista de premiados, constam nomes e obras que marcaram a história da literatura, como o homem sem qualidades (1958), de robert musil, cem anos de solidão (1969), de gabriel garcía marquez, ou auto-da-fé (1949), de elias canetti, e ainda kawabata, soljenitsyn, guillermo cabrera infante, john updike, adolfo bioy casares, mario vargas llosa, günter grass, salman rushdie, ernesto sabato, orhan pamuk, philip roth e antónio lobo antunes, o único português até agora distinguido.
é desde 2008 patrocinado pelo hotel parisiense regency madeleine, onde está hoje a decorrer a cerimónia de anúncio dos vencedores e entrega dos prémios, anualmente atribuídos em duas categorias: romance e ensaio.
compõem o júri, além de andré bay, daniel arsand (responsável pela literatura estrangeira nas éditions phebus et auteur), manuel carcassonne (director editorial das éditions grasset), gérard de cortanze (escritor e editor da gallimard), nathalie crom (responsável pelas páginas de literatura da telerama), solange fasquelle (escritora e membro do júri do prémio femina), anne freyer (editora de literatura estrangeira da seuil) e christine jordis (escritora e editora da gallimard e membro do júri do prémio femina).
os restantes membros são jean-claude lebrun (cronista no l’humanité), joseph mace-scaron (director do magazine littéraire e director-adjunto da marianne), ivan nabokov (editor da plon), joel schmidt (escritor) e laurent ebzant (director-geral do hyatt regency paris-madeleine).
sol/lusa