considerando que o ano passado foi «globalmente positivo» tendo em conta a situação económica actual, alexandre solleiro explicou que as principais fontes de ganhos foram as duas unidades no brasil (em são paulo e na praia do forte), na grande lisboa, sobretudo na cidade e em sintra, e no norte, onde a taxa de ocupação «ficou ligeiramente acima dos 60%». algumas destas – tivoli victoria, em vilamoura, tivoli seteais, e tivoli mofarrej, em são paulo – tiveram em 2010 o seu primeiro ano completo de funcionamento, o que também justifica o acréscimo de facturação, explica.
já os seis hotéis no algarve tiveram pior desempenho, registando uma taxa de ocupação abaixo dos 60%.
contas feitas, no total, a rede portuguesa teve uma taxa ocupação média de 58%. este ano, alexandre solleiro espera continuar a evoluir positivamente, mas a um ritmo menos acelerado, registando aumentos «a um dígito e não a dois», como aconteceu em 2010.
o brasil deverá ser a principal alavanca de crescimento este ano. afirmando-se atento «a oportunidades em todas as principais cidades brasileiras», onde o objectivo é assegurar o arrendamento ou a gestão de mais hotéis, alexandre solleiro adiantou ainda que cerca de 40% das casas que o grupo está a construir no ecoresort da praia do forte já estão vendidas. com preços entre os 1,5 milhões (680 mil euros) e os 2,6 milhões de reais (1,2 milhões de euros), os compradores «são na sua maioria brasileiros, alguns a viver no estrangeiro».
«a actividade no brasil vai continuar a crescer», acredita.
em portugal, o ceo considera que «é mais difícil fazer previsões» devido ao «ambiente económico inconstante». apesar de se mostrar confiante na recuperação dos principais mercados emissores de turistas estrangeiros para portugal – que representam 75% dos clientes dos tivoli em portugal -, o empresário sublinha que a «incógnita» é o algarve.
aqui, as taxas de ocupação «ainda estão muito baixas», lamenta alexandre solleiro, reforçando que as médias de 53% na hotelaria tradicional algarvia são «críticas» e «um problema a resolver». «para voltar às taxas de ocupação de há quatro anos o caminho a percorrer é enorme», defende.
ao longo deste ano, o grupo tivoli vai investir 6 milhões de euros em remodelações de hotéis. e deverá fechar dois negócios em portugal, sobre os quais alexandre solleiro se escusou a dar detalhes.