Brasileiros e espanhóis são estratégicos para Turismo de Lisboa

O Brasil, que se tem assumido em 2010 como um dos principais países emissores de turistas para Lisboa, passou a ser um dos dois mercados estratégicos para o turismo da capital, juntando-se assim à Espanha.

esta é uma das novidades do novo plano estratégico para o período 2011-2014 que a associação de turismo de lisboa (atl) apresenta hoje.

no documento, denominado tlx14, alemanha, frança, itália, reino unido, eua e escandinávia são apontados como mercados prioritários. e a rússia, polónia, república checa e hungria surgem como emergentes, enquanto potenciais emissores de turistas para lisboa.

ao contrário do seu antecessor, que não incluía directrizes sobre segmentos de aposta, o tlx14 conclui que o enfoque deve estar na captação de turistas entre os 26 e os 55 anos e que viajem com o companheiro ou com amigos.

city breaks, meetings industry e touring, a par do golfe e dos cruzeiros, são os principais produtos turísticos a promover pelo turismo de lisboa, que deverá complementar a oferta com gastronomia e vinhos, sol e mar, saúde e bem-estar, define ainda o plano, que também traz novidades quanto às marcas associadas à actividade turística da região.

além das já existentes – lisboa, estoril e fátima – o tlx14 lança a marca sintra, que passa a ser promovida como capital do romantismo.

«trata-se de um plano muito ambicioso e a fasquia foi colocada muito alta», descreve o director-geral da atl, vítor costa, num artigo de opinião publicado hoje no caderno confidencial do sol. «o objectivo principal é colocar lisboa no top of mind das principais capitais europeias», sublinha ainda o responsável.

aumentar o número de turistas estreantes e repetentes, consolidar quota de mercado no turismo interno e qualificar a experiência dos visitantes – tanto na oferta de luxo como na low cost – são outras das intenções no novo plano.

no documento, destaca-se também que o turismo de lisboa deverá desenvolver um conjunto de iniciativas que garantam o aumento da receita média do sector, nomeadamente da hotelaria, através da subida da taxa de ocupação e/ou do preço médio por quarto vendido.

até 2014, segundo o plano, estima-se que a cidade de lisboa ultrapasse os 6,3 milhões de dormidas (mais 628 mil do que em 2009). e que o gasto médio diário (sem transporte) dos visitantes aumente para 137,15 euros, contra os 131,41 euros registados em 2009.

já na grande lisboa (concelhos de lisboa, cascais, sintra, mafra e oeiras) prevê-se que haja um crescimento de 795,7 mil dormidas até 2014, e de mais de um milhão se se considerar a área promocional de lisboa, que engloba o território entre setubal e fátima.

ana.serafim@sol.pt